• Davos

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  • 29/01/2019 09:45

    Que ninguém se iluda, a imprensa não vai assimilar de bom grado o governo Bolsonaro. As forças que torcem contra, são incontáveis. Não assisti, li ou ouvi um elogio sequer ao discurso de Bolsonaro em Davos.

    Primeira crítica foi quanto ao tempo de duração do discurso. Uma tolice. Se for possível colocar de forma clara, mesmo que concisa uma posição, por que não fazê-lo? Os críticos entenderam como uma falta de compreensão da importância de Davos, este discurso entendido como curto. Equivocam-se. Se Davos tem esta importância toda, Trump não teria prescindido de sua presença ao fórum, mas não o fez.

    Bolsonaro, tachado de isolacionista, já na abertura de seu pronunciamento, saúda o forum e seus membros e afirma estar aberto ao diálogo e pronto a uma relação de interdependência com o mundo. Para os que não o entenderam, o presidente deixa claro que está aberto a avanços econômicos e políticos em face aos demais Países, quebrando a postura crítica quanto a um possível isolacionismo.

    Bolsonaro lembrou também em seu discurso, que assumiu o País em uma profunda crise ética, moral e econômica (mensalão, petrolão e outras fontes de corrupção, que serviam apenas a um processo de perpetuação no poder e de enriquecimento de um grupo). O que precisa ser compreendido é que vivíamos na antítese da democracia. Tachar Bolsonaro de antidemocrático é tosco, não possui a menor sustentação, quer de argumentação, quer de realidade.

    Outro fato que, certamente, deixou muitos próceres mundiais estupefatos, foi a lembrança de que sua campanha presidencial custou menos de um milhão de dólares, denotando seu forte apoio popular e sua legitimidade para o cargo a que foi eleito. Falou também que pela primeira vez no Brasil foi formado um ministério técnico, sem o viés que predominou nos governos anteriores, da distribuição de cargos, por via de trocas.

    Com relação ao meio ambiente ele foi bem claro sobre o lobby "fazendas aqui, florestas lá", ou seja, as potências mundiais estão mais interessadas em proteger e usufruir de vantagens no quintal alheio. Lembrou que o Brasil é um dos países do mundo que mais defende o meio ambiente e apresentou dados a uma surpreendida plateia que corroborou a afirmação. Como propósitos, pretende colocar o Brasil entre os 40 destinos turísticos prioritários e ranquear o País entre os 50 melhores do mundo para os negócios e investimentos. Redução da carga tributária, privatizações, desburocratização e respeito aos contratos, também foram lembrados no discurso e encerrou sua fala almejando paz e democracia.

    Aqueles que esperavam uma saudação à mandioca ou uma frustração por não poder estocar vento, vão continuar na saudade. Tivemos, sim, um discurso positivo e firme.

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