• Veterinária orienta como tratar da esporotricose

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  • 05/05/2016 14:10

    No último dia 27 de abril, a especialista e professora de Medicina Veterinária da UFRRJ (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro), Drª. Heloísa Justen, esteve em Petrópolis para ministrar uma palestra gratuita sobre esporotricose. O objetivo do encontro foi conscientizar os profissionais da área sobre as novas perspectivas para o tratamento desta que é uma doença bastante recorrente. 

    De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro, há uma expansão da enfermidade com uma estimativa de 389 novos casos de esporotricose em humanos por ano, totalizando cerca de cinco mil registros, sendo que o número é incontável em felinos. A palestra ainda teve como objetivo buscar respostas para o aumento de casos registrados em gatos, além de modos de cura e prevenção da doença.

    A esporotricose ocorre quando um fungo subcutâneo é transmitido pela arranhadura ou mordedura de animais doentes, o que propicia o aparecimento de feridas e nódulos pelo corpo, principalmente em felinos. A ausência de castração, o hábito andarilho dos bichanos e/ou o contato direto com fezes contaminadas também podem favorecer o desenvolvimento da patologia, sendo que o animal precisa estar doente para haver o contágio para outros animais e humanos, ou seja, é uma zoonose.

    Segundo a médica veterinária especializada em felinos, Priscila Mesiano, não há um levantamento exato do número de casos em Petrópolis. No entanto, são muitos. “O contágio ocorre pela inoculação do fungo na pele por perfuração por espinhos, madeira, unha de gato contaminada, terra ou musgo contaminado. Há relatos também de contágio por mordedura de animal infectado”.

    O tratamento é feito com antifúngicos específicos, em droga única ou em associação, podendo ser por via oral ou intralesional. Um dos problemas apontados pelos especialistas é que em muitos casos os proprietários dos gatos optam pela eutanásia. Priscila, que atende na Clínica Amigo Bicho, revela que antigamente a única droga disponível era muito cara e não havia outras opções de tratamento. Porém, hoje o mercado possui várias formas de reverter o quadro do animal.

    Outro ponto abordado durante o evento do dia 27 pela Drª. Heloísa foi ressaltar a importância das novas alternativas de tratamento para a zoonose, indicando que não há mais a necessidade da eutanásia para os animais com o problema, sendo totalmente possível curar até mesmo os casos graves de esporotricose, trazendo assim maior longevidade e dignidade à vida dos bichos de estimação.


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