Prefeitura inscreve apenas um terreno no Minha Casa Minha Vida

Com 47 mil pessoas vivendo em áreas de alto risco de desabamento, a prefeitura inscreveu apenas um terreno no novo PAC do governo federal. Isso mesmo: apenas um, na Estrada da Saudade, onde podem ser erguidas 188 unidades. É de estarrecer que após as chuvas de 2022 e com a gente com 3 mil famílias em aluguel social, a prefeitura tenha identificado apenas um único terreno. E olha que a regra do novo PAC, para moradia, dá prioridade a 704 cidades com situações de risco e Petrópolis, óbvio, é uma delas. E mesmo após 21 meses do emblemático 15 de fevereiro de 2022, a gestão Bomtempo não tenha feito o dever de casa para apresentar projetos. Era o caso de apresentar tudo o que fosse possível, afinal, o governo federal tem R$ 345 bilhões para o MCMV.

Estado inscreve apenas 3

Já o governo do Estado inscreveu apenas três: Mosela (140 unidades), Benfica (84) e Vale do Cuiabá (70). São os mesmos terrenos ventilados desde 2012! Eram do Estado, foram entregues à prefeitura e depois retornaram ao Estado e continuam sem uma casa erguida. Somando esses e os da Estrada da Saudade são 484 unidades. Mesmo que sejam construídos, sequer conseguem zerar a fila do aluguel social.

E os 80 terrenos?

Existiria, como já falamos várias vezes aqui, uma lista de 80 terrenos que poderiam ser usados para a construção de casas populares e que estariam de posse da prefeitura e vereadores. O levantamento teria sido feito pela Comissão Especial Externa do Senado, que fez um trabalho pós chuvas de 2022. Mas, parece que é mais do que isso: seriam 92 terrenos e imóveis vinculados à Secretaria de Patrimônio da União e mais 11 terrenos, públicos e particulares, do município que poderiam abrigar unidades.

Todo mundo avisou

E uma das primeiras coisas tratadas na Comissão do Senado, na Comissão da Câmara de Vereadores, pelo gabinete de crise da prefeitura, pelo governo do Estado, pela Alerj, pela Câmara dos Deputados, enfim, por todos, era justamente identificar terrenos e apresentar projetos. E desde agosto o governo federal anunciou o novo PAC, com recursos específicos para uma cidade como a nossa e chega novembro quando termina o prazo e prefeitura e estado apresentam quatro terreninhos. É inacreditável!

É eita…

Mas, foi só o ex-vereador Leandro Azevedo anunciar à boca pequena que deixou o Solidariedade para se filiar ao Republicanos que já tem resistência. E, se bobear, é dentro do próprio partido. Esse ‘fogo amigo’ dá conta que o Republicanos nem pode receber Leandro nem ninguém porque está com registro suspenso no TRE porque não tem as contas de 2019, 2020, 2021 e ainda das eleições de 2020 e 2022 regularizadas. Se tiver a cerimônia de filiação sábado, como está prevista, deve ser sem documentação ainda.

…em cima de eita!

O Ministério Público Estadual denunciou Leandro Azevedo por improbidade e pede, além de punição, devolução de R$ 717 mil aos cofres públicos. Segundo a apuração do MP, na época em que foi vereador, Leandro teria deslocado cinco funcionários de seu gabinete para ‘serviços nas comunidades’. Ouvidos pelo MP eles explicaram que iam nos locais levantar problemas e necessidades da população para que o vereador pleiteasse as soluções.  Ocorre que o Ministério Público acredita que a prática passava para os eleitores a impressão de que Leandro seria o responsável pela realização da obra ou serviço em questão em uma espécie de campanha eleitoral permanente.  O valor do dano foi apurado como sendo o salário desses servidores pelo tempo em que estiveram nomeados e escalados para esta função.

Será?

Agora, com essa denúncia fresquinha – cuja última movimentação foi na sexta-feira – acendeu o alerta vermelho e tocou até sirene de evacuação na Câmara. Afinal, seria uma prática apenas de Leandro e na legislatura passada?

Contagem

E Petrópolis está há 201 dias sem os 100% da frota de ônibus nas ruas depois do incêndio na garagem das empresas.

Impugnação rejeitada

Eis que uma pessoa física, que não teve o nome revelado, entrou com pedido de impugnação para brecar a licitação para a programação cultural do Natal Imperial. Mas, o pedido foi negado ainda que o argumento fosse muito válido: considerando que a licitação – a terceira tentativa – acontece hoje faltando 48 horas para a abertura dos festejos, como a empresa que venceria poderia dar conta de prazos que já venceram? O Instituto Municipal de Cultura iniciou por conta própria a programação, o que é previsto em edital, mas aí quem concorrer fica responsável pelo o que? Essa combinação é ali na hora ou vê depois? Em 48 horas?

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