Ana Hickmann detalha agressão em entrevista ao ‘Domingo Espetacular’
Ana Hickmann deu sua primeira entrevista sobre a suposta agressão que sofreu do marido, Alexandre Correa, para o Domingo Espetacular. O material foi ao ar neste domingo, 26, na Record TV.
O caso remete ao dia 11 de novembro de 2023, um sábado, quando Ana Hickmann registrou um boletim de ocorrência por violência doméstica e lesão corporal contra seu marido, o empresário Alexandre Correa. Ele nega as acusações, afirmando também que a mulher estaria supostamente bêbada no momento do ocorrido, e seria “extremamente agressiva” com ele.
A entrevista de Ana Hickmann ao Domingo Espetacular
Na entrevista Ana chamou o marido de “covarde e canalha”. Questionada sobre “o que de fato aconteceu”, respondeu: “É difícil reviver algumas coisas, mas agora dá para falar sem chorar. Já chorei muito. Nunca pensei que fosse ter uma montanha-russa de sentimentos e emoções.”
“Naquele dia 11, eu estava tendo uma conversa com meu filho na cozinha, sobre algumas mudanças que provavelmente aconteceriam na nossa vida com relação à nossa casa, coisas que ele está acostumado, a gente sempre conversou sobre tudo. Por conta dessa conversa e coisas que aconteceram antes, a briga começou, fui achincalhada pelo Alexandre. Começou com uma agressão verbal e depois acabou com o que o Brasil descobriu”, disse.
Questionada se o filho presenciou a agressão, afirmou: “A hora que ele fechou a porta no meu braço, não. Mas antes disso, sim”.
O que diz Alexandre Correa
Mais cedo neste domingo, 26, Alexandre Correa, que nega a agressão, deu uma entrevista à revista Quem na qual falou sobre o tema, mudando o tom das declarações sobre a mulher, alegando sofrer uma “verdadeira injustiça por parte da Ana”, e que ela estaria bêbada no dia da discussão e teria sido “extremamente agressiva” e lhe “humilhado” em situações anteriores.
Ele também publicou um documento no Instagram que indicaria que uma funcionária teria negado a existência de agressões de sua parte contra Ana Hickmann.
“Ana, no almoço, já tinha feito a ingestão de quase uma garrafa de vinho tinto. Eu não bebo há cinco anos. Mas quem bebe sabe que ingerir uma garrafa de vinho tinto a um calor de 40 graus, normal você não fica. E a Ana, toda vez que faz ingestão de álcool, nos últimos tempos, se tornou extremamente agressiva comigo na frente de todo mundo”, afirmou à Quem.
“Eu já fui, incontáveis vezes, humilhado por Ana Hickmann após ela fazer ingestão de álcool. E a ingestão de álcool causa isso”, continuou.
No dia em que a suposta agressão ganhou repercussão, Alexandre Correa chegou a negar o ocorrido. Pouco depois, fez outro pronunciamento, pedindo desculpas à sua família.
“De fato, na data de ontem, tive um desentendimento com a minha esposa, situação absolutamente isolada, que não gerou maiores consequências.Gostaria de esclarecer também que jamais dei uma cabeçada nela, como inveridicamente está sendo veiculado na imprensa”, disse, em 12 de novembro.
O boletim de ocorrência de Ana Hickmann
O Estadão teve acesso ao boletim de ocorrência registrado por Ana Hickmann. Segundo seu relato, por volta das 15h30, ela estaria na cozinha de sua casa com Alexandre, o filho e duas funcionárias. Ela teria dito algo ao filho que o marido não teria gostado e foi repreendida, com “ambos aumentando o tom de voz”. A criança teria pedido que parassem de brigar e saído correndo assustada.
“O autor passou a pressionar a vítima contra a parede, bem como a ameaçá-la de agredi-la com uma cabeçada, ocasião em que ela conseguiu afastá-lo e, ao tentar pegar seu telefone celular, que estava em cima de uma mesa na área externa, o autor, repentinamente, fechou a porta de correr da cozinha, o que pressionou o braço esquerdo da vítima”, diz o trecho seguinte do documento policial.
Ana, então, teria conseguido trancá-lo para fora de casa e fez a ligação para a Polícia Militar. Correa teria deixado o local pouco depois. Hickmann buscou atendimento médico no Hospital São Camilo, onde foi constatada uma contusão em seu cotovelo esquerdo. Ainda segundo o BO, ela teve o braço imobilizado com uma tipoia.
“A vítima tomou ciência das medidas protetivas conferidas pela Lei Maria da Penha, porém, neste momento, optou por não requerê-las”, encerra o documento.