• Diálogo e transformação

  • 25/01/2019 09:55

    Foi na tarde da primeira Páscoa. Do dia em que Jesus havia levantado dos mortos. Lá iam dois discípulos de Jesus na estrada, no caminho para casa. Haviam visto Jesus morrer e ser sepultado. Estavam tristes, desconsolados, sem esperança. Como podia? Jesus, que tinha mostrado tanto poder ao curar doentes, ressuscitar mortos, ter poder sobre as forças da natureza, agora estava morto e sepultado. Tudo tinha acabado. 

    Neste caminho, um estranho se aproxima deles. E pergunta, interessado no assunto: “que é isso que vos preocupa e de que ides tratando à medida que caminhais?” (Lucas 24.17) Os dois discípulos não reconhecem Jesus. Jesus havia mudado de aspecto? Ou o sofrimento era tanto que não podiam conceber que Jesus estava ali ao lado? Afinal, eles tinham visto Jesus morrer e ser sepultado. É uma pessoa muito parecida com ele, certamente. Mas não Jesus. 

    O diálogo segue à medida que vão caminhando. Primeiro, os discípulos perguntam ao estranho se não sabia dos fatos dos últimos dias em Jerusalém. Jesus não responde. Devolve outra pergunta: “quais?” (Lucas 24.19) E os discípulos contam o que havia acontecido com Jesus, sua prisão, tortura, crucificação, morte e sepultamento. 

    Após ouvir o relato, Jesus lança outra pergunta: “não convinha que o Cristo padecesse e entrasse na sua glória?” Com esta pergunta, Jesus faz com que os discípulos recordem das Suas palavras. De que nem tudo estaria acabado na sepultura. Que haveria ressurreição. Parece que esta parte das palavras de Jesus haviam sido apagadas do cérebro dos discípulos. O que haviam visto e presenciado era um terror tão grande que havia apagado qualquer esperança! E Jesus lhes oferece a oportunidade de novamente recordar as palavras de esperança que Ele próprio havia lhes dito. 

    O caminho dos discípulos havia chegado ao fim. Chegaram em casa. Convidaram o estranho para ficar com eles. Uma refeição e pernoite. Aquele homem não precisava passar fome e ficar ao relento da noite. 

    Sentaram à mesa e Jesus faz um gesto que eles haviam presenciado pouco antes de todo o terror: “quando estavam à mesa, tomando Ele o pão, abençoou-o e, tendo partido, lhes deu; então, se lhes abriram os olhos, e o reconheceram.” Não era um estranho muito parecido com Jesus que estava com eles. Era o próprio Senhor Jesus! No gesto do partir do pão o reconheceram.

    O que fizeram? “Na mesma hora, levantando-se, voltaram para Jerusalém.” (Lucas 24.33) Nem jantaram. Não descansaram. A descoberta os encheu de esperança e de energia. Não podiam aguentar de tanta felicidade que foram correndo contar para os outros discípulos que haviam visto Jesus. O desalento se transformou em esperança! 

    Esta história quer nos ensinar. Fazer ver que assim também é conosco muitas vezes. Nada mais enxergamos que o horror do sofrimento e da sepultura. O horror da morte, da violência, da corrupção, da desonestidade – e perdemos a perspectiva, a esperança. Que esperança há?

    Nesta hora, vem Jesus e fala conosco: “Há esperança!” Para o cristão, o ditado de que “a esperança é a última que morre” não vale mais! Pois, com a ressurreição de Jesus, a esperança não morre jamais, pois Jesus levantou da sepultura. Nosso desalento pode se transformar em esperança! 

    Mesmo diante da mais difícil situação, mesmo diante da morte, não precisamos desanimar, pois Jesus venceu, caminha ao nosso lado e nos diz: “Eu ressuscitei: há esperança!”


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    Avenida Ipiranga, 346.

    Cultos todos os domingos às 09:00h. Tel. 24.2242-1703

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