• Pais e estudantes protestam contra fechamento da Escola Nilo Peçanha

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  • 16/01/2019 14:45

    Os moradores do distrito de Pedro do Rio, fizeram um protesto na manhã desta terça (15), por volta das 8h, em frente à Escola Municipal Nilo Peçanha contra o fechamento da unidade, que aconteceu no final do ano passado. Segundo eles, não houve aviso prévio sobre a decisão. De mãos dadas, mães e responsáveis fecharam a Estrada União e Indústria por alguns minutos. Já os alunos utilizaram cartazes para se manifestar contra a mudança.

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    A Escola Municipal Nilo Peçanha funcionava há mais de 80 anos na região e era considerada pelos pais uma das melhores do bairro. Diante disso, o grupo criou um abaixo-assinado para tentar fazer com que as atividades no local sejam retomadas. Mas para que isso seja possível a unidade precisaria passar por uma grande reforma, segundo a Prefeitura. 

    Isso porque a escola precisa de intervenções em sua estrutura desde 2009, e por isso apresenta rachaduras e infiltrações. O prédio ainda foi construído dentro da faixa marginal do rio, o que tem ajudado na deterioração do imóvel, segundo a Defesa Civil que interditou o local. Em vistoria realizada pela Defensoria Pública à escola, o órgão recomendou a não utilização do prédio. A medida é preventiva, e segundo a Prefeitura visa a segurança e conforto dos alunos. Apesar disso, a mudança de escola não agradou. Os mais de 300 estudantes foram transferidos para a Escola Municipal Monsenhor João de Deus Rodrigues que fica a cerca de 500 m. 

    Os pais temem que a junção dos estudantes das duas escolas sobrecarregue as salas de aula e que isso prejudique o ensino. Por isso, o desejo é que o prédio seja reformado e não termine abandonado pelo poder público. 

    Para a cozinheira Simone Carius Pereira, o fechamento foi precipitado. “Minha filha foi alfabetizada nessa escola e, por isso, fico muito chateada com toda essa situação. Os professores daqui sempre foram muto bons”, afirmou. A filha dela, Ana Clara Pereira, de apenas oito anos, também não aprovou a medida. “Gostava muito de lá, agora que fechou está todo mundo triste”, disse. 

    Quem também lamentou o fechamento da escola foi a aposentada Eli Taboada Medeiros, que fez parte da primeira turma da escola, construída em um terreno doado pela avó do marido dela. “Fico muito triste! É uma pena acabar algo construído com tanto amor, doação e carinho”, contou emocionada. 

     

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