Biden reforça apoio a Israel, mas pede proteção de civis palestinos; Guterres se diz preocupado
Em conversa telefônica com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, reiterou o apoio americano ao país na guerra contra o grupo extremista Hamas, mas também enfatizou a importância de se proteger palestinos inocentes e de mitigar os danos civis no decurso das operações militares.
Segundo comunicado emitido pela Casa Branca nesta segunda, 6, os dois líderes discutiram a possibilidade de “pausas táticas” nas ofensivas para permitir que civis fujam das regiões de combate intenso, facilitar o fluxo de ajuda humanitária e abrir espaço para potenciais liberações de reféns.
Biden e Netanyahu também conversaram sobre a situação na Cisjordânia, enquanto o democrata pediu a responsabilização dos “colonos extremistas”.
ONU
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, afirmou hoje que o “pesadelo em Gaza é mais do que uma crise humanitária, é uma crise de humanidade”, destacando que o território palestino se transformou em um “cemitério de crianças”. Em comunicado sobre a situação no Oriente Médio, o dirigente disse que “todas as partes do conflito devem respeitar o Direito Internacional Humanitário”, e condenou os ataques de Israel contra hospitais, campos de refugiados, mesquitas, igrejas, instalações da ONU e abrigos.
“Estou muito preocupado com as claras violações do Direito Internacional Humanitário que estamos observando”, afirmou ainda. Segundo ele, a catástrofe faz com que um cessar-fogo humanitário seja mais urgente a cada hora que passa.
Ao mesmo tempo, Guterres condenou o uso de civis como escudo humano pelo Hamas, e pediu a libertação imediata dos reféns pelo grupo. O secretário afirmou ainda que o Hamas segue lançando foguetes de forma “indiscriminada” contra Israel.