Estado e Governo Federal definem estratégias para o início das ações conjuntas de combate ao crime organizado
Para reforçar o combate às milícias e narcomilícias e asfixiar a atuação desses grupos criminosos, os governos estadual e federal vão formalizar, nesta quarta-feira (1º), o Comitê Integrado de Investigação Financeira e Recuperação de Ativos (CIIFRA). A criação do comitê é uma iniciativa inédita em todo o país e se dará por um acordo de cooperação técnica, conforme definido em reunião realizada nessa segunda-feira (30), entre representantes do Executivo fluminense e do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), na sede da pasta, em Brasília.
O CIIFRA será formado por membros do MJSP, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal (PRF), Senasp e secretarias de Estado de Polícia Civil (Sepol) e da Fazenda (Sefaz). O Ministério Público Federal (MPF), o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) e o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) serão convidados a fazer parte da força-tarefa.
“São várias missões importantes para o enfrentamento do tema. Mas acho que inauguramos uma dimensão inédita, que é a integração das Inteligências das forças de segurança e dos órgãos de controle federais com as Inteligências dos respectivos órgãos estaduais do Rio de Janeiro, o que poderá ser um exemplo para o Brasil todo. Isso permitirá o combate aos crimes financeiros com maior velocidade”, declarou o secretário de Estado da Casa Civil do Rio de Janeiro, Nicola Miccione, que representou o governador Cláudio Castro ao lado do secretário de Polícia Civil, delegado Marcus Amim.
O ministro Flávio Dino destacou que os trabalhos buscam “desidratar financeiramente o crime organizado”.
“Inteligência, investigações de competência federal e apoio aos estados. Nós partimos de um plano geral que já apresentamos e, agora, estamos detalhando à luz da realidade concreta”, afirmou o ministro, destacando o reforço de efetivo das forças federais em território fluminense.
O secretário Marcus Amim ressaltou a importância da integração entre os órgãos para a asfixia financeira das quadrilhas.
“Nosso objetivo é integrar cada vez mais as instituições de forma a monitorar e asfixiar as movimentações financeiras das organizações criminosas. Não só as do Rio de Janeiro, mas todas aquelas que dialogam ou têm algum tipo de atuação no território fluminense”, afirmou o secretário de Polícia Civil do Rio de Janeiro.