• Roger Waters abre turnê pelo País com reafirmação política no Mané Garrincha

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  • 25/10/2023 08:30
    Por Redação O Estado de S. Paulo / Estadão

    “Se você é um daqueles que diz: Eu amo o Pink Floyd, mas não suporto a política do Roger’, você pode muito bem se retirar para o bar agora”. Assim começou o primeiro show da turnê global de despedida dos palcos de Roger Waters, o ex-vocalista da banda Pink Floyd na noite desta terça-feira, 24, no Estádio Mané Garrincha em Brasília.

    Em letras garrafais antes mesmo da primeira música, Waters deixou uma mensagem clara com um pedido pela saída dos que se incomodam com o seus posicionamentos políticos.

    O cantor britânico é bem conhecido por, além do talento, ter um posicionamento em favor dos direitos humanos – e é um crítico ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

    Em outubro de 2018, durante a turnê Us + Them, Waters usou o telão para passar mensagem que associava o ex-presidente, e outros políticos da direita, ao ressurgimento do neofascismo no mundo junto à frase “fuck the pigs!” (f****-se os porcos).

    O primeiro show da turnê This is Not A Drill, nesta terça, teve grandes sucessos da banda Pink Floyd e emocionou o público com canções marcantes como Wish You Were Here, Another Brick in the Wall, Have a Cigar e Is This the Life We Really Want?.

    A turnê de despedida dos palcos continua no sábado, 28, no Rio de Janeiro. A agenda também conta com shows em Porto Alegre (1/11); Curitiba (4/11); Belo Horizonte (8/11) e São Paulo (11/11).

    Visita ao presidente Lula

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se encontrou, na segunda-feira, 23, com Waters no gabinete da Presidência do Palácio do Planalto. A visita de Waters no Planalto foi compartilhada por Lula no X (antigo Twitter).

    O presidente disse que o ex-Pink Floyd tentou visitá-lo em 2018, enquanto estava preso por conta da Operação Lava Jato em Curitiba, mas o encontro não foi concretizado.

    Segundo o Planalto, Waters disse a Lula que deseja ver a expansão da Declaração Universal dos Direitos Humanos no mundo. Lula disse ao artista que “não se conforma” que o planeta gaste a sua capacidade tecnológica para investir em armas em vez da erradicação da pobreza.

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