Petrópolis registra 69 ônibus quebrados em menos de um mês
E os membros do Conselho Municipal de Trânsito têm uma planilha com dados sobre ônibus quebrados em Petrópolis. E pasmem: este mês, até ontem, foram 69 quebras. É uma média de 2,5 ônibus quebrados por dia. As campeãs são PetroIta e Cascatinha, como se era de imaginar, mas as demais também aparecem nesta lista com 17 carros quebrados. A relação pode ser ‘informal’, afinal, a CPTrans talvez nem acompanhe. E se acompanha, nem sabemos o que faz a partir disso. Talvez os vereadores possam pedir este número, oficialmente, e tomar providências.
Grave
Barulho na roda, sem força pra subir, direção que travou, radiador que ferveu… Os motivos das quebras são sempre os mesmos. E o campeão de deixar os passageiros na mão é o ônibus número de ordem 2085, da PetroIta, que quebrou só este mês, cinco vezes. Deste total de 68 quebras quantas viagens foram perdidas e quanta gente perdeu seus compromissos? É preciso números oficiais para ter a dimensão do problema que, a olho nu, como a gente vem falando, é grave, muito grave.
Contagem
E Petrópolis está há 141 dias sem os 100% da frota de ônibus nas ruas depois do incêndio na garagem das empresas.
Como assim?
E a gente cobrou aqui algumas vezes que se tornasse público o contrato com escritório de advocacia que atuou no lance do ICMS e o repasse a maior após a revisão do Índice de Participação dos Municípios. E, finalmente, entrou no Portal da Transparência da prefeitura o contrato, de julho de 2022 – portanto mais de um ano depois – e um aditivo de setembro do ano passado. Leigos que somos nas letras jurídicas, a gente não entendeu bem a parte que fala em pagamento mensal de 12% do apurado a mais de ICMS. Esse ‘a mais’ por mês de ICMS não é de R$ 29 milhões? São 12% disso mesmo? Porém, segundo o aditivo, a gente vai pagar somente por dois anos, mesmo que o contrato seja de cinco anos. Ah, mas aí já compensa bastante.
Desconto
Mas, em Angra dos Reis saiu pela metade do preço?
Dormindo
A oposição em Petrópolis é mais do que uma mãe, é um vó!
Baixa
Só em uma das últimas edições do Diário Oficial, cinco professores de educação básica pediram desligamento da prefeitura.
Audiência avalia gestão fiscal
E os vereadores fazem – pelo menos deveriam estar presentes – uma maratona de reuniões hoje. São duas audiências públicas, ambas com temas pesados. A primeira, às 14h, analisa o relatório de gestão fiscal da prefeitura de maio a agosto. É nesta oportunidade que os vereadores recebem os números e podem questionar a sanidade das contas. Talvez algum se anime em saber de quanto é a dívida da prefeitura, porque estamos reféns do ICMS maior que ainda depende de decisão em definitivo e o que acontece se a cidade perder essa ação.
Verbas na saúde
Já a segunda, às 19h, avalia o relatório das aplicações de verbas e resultados da Saúde também de maio a agosto. Talvez os vereadores possam perguntar como anda a contratação para reduzir a fila de cirurgias ortopédicas com mais de 200 pessoas, plano de pagamento de dívidas com hospitais particulares, fila de UTI e quem fiscaliza o Sehac, que administra as UPAs e o Hospital Alcides Carneiro.
Ausentes
Mas, pode ser que nem dê audiência dos próprios vereadores. Normalmente nestes audiências se ficam lá uns três é muito. Em uma reunião para discutir a construção de moradias populares na cidade no início do mês – município com quase 50 mil pessoas em áreas de alto risco – a presidente da Associação de Moradores do Alto da Serra, Sueli dos Santos, ficou perplexa que só havia cinco vereadores presentes. É daí pra menos, Sueli. Sempre.
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