Retorno ao regaço paterno
Há sete dias descansou no Senhor a querida amiga Adeguimar da Silva Farias. Ela nasceu em dois de agosto de mil novecentos e trinta e oito e retornou ao regaço paterno em quatro de dezembro do mês em curso. Era viúva de Ubiracy Farias, de cujo enlace trouxe à luz os filhos Lucimar Farias de Oliveira, Edmar da Silva Farias, Gilmar da Silva Farias, Gilmara da Silva Farias, Alvimar da Silva Farias, Crisolino da Silva Farias, Ocimar da Silva Farias, e, Dalva Gama da Silva, também filha pelas leis do benquerer. Tenho convicção de que ela está a desfrutar do convívio dos eleitos do Sagrado Livro Celestial.
Por diversas vezes SS os Papas nos conclamam a sermos santos com ênfase a João Paulo II e Francisco em suas exortações apostólicas “Ser santo é uma vocação para todos”. “Não tenhamos medo de ser santos”. “Sede santos porque Eu Sou Santo”… Está comprovado de que é perfeitamente possível iniciar a caminhada para o céu ainda em vida. Legou-nos este exemplo. Ornada em méritos e no silêncio de seu coração cumpriu sua missão com dignidade e farta prova de santidade. Que interceda por nós que estamos a cumprir nossa missão terrena. E lá da mansão celeste junto aos demais convivas estejam nossos amados pais e parentes, amigos e puros de coração alvejados pela infinita piedade Divina para com ela desfrutarem da interminável festa.
Elevo os meus pensamentos em honra à fidelidade da amiga, dedicada mãe, avó, bisavó, Congregada Mariana que estava a completar o Jubileu de Diamantes na Congregação, isto é, 60 anos de total devoção à Maria Santíssima. Obrigado Senhor por ter ornado vossa serva de uma vida reta, íntegra, serena, firme e virtuosa, em cuja trajetória terrena cumpriu fielmente vossos mandamentos, sobretudo, amando-Vos sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesma.
Desde jovem conviveu com a vida religiosa e na fase adulta cuidou de idosos com amor e carinho mais por vocação do que por profissão. Suas oito décadas e quatro meses de existência nos legaram inúmeros exemplos como modelar criatura. Jamais faltou com o amor e a caridade aos que a procuravam tendo sempre presente em sua alma as palavras do Apóstolo João insculpidas no capítulo 8, versículos 31-32 que diz “conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”. Nas horas que tomada da fragilidade, natural da criatura humana, buscou incessantemente o amparo do Pai Supremo, fonte de graça e de vida eterna, não se permitindo esmorecer nunca. Participava com assiduidade da Congregação Mariana Nossa Senhora da Conceição e São José sob os cuidados da Família Franciscana de Petrópolis. Aos domingos conosco rezava e participava da Sagrada Eucaristia, entregando nas mãos do Pai Criador, do Filho Redentor e do Espírito Santificador o coração, à vontade, a liberdade e o entendimento, porque tinha convicção de que se constituía uma centelha de amor Divino.
A amada filha compareceu Senhor, a Vossa Augusta presença para prestar suas contas e, tendo sido serva fiel da doce Mãe dos Céus Maria Santíssima, foi alva de Vossa clemência juntando-se a seus entes queridos e demais eleitos do Cânon Celestial. Nós cremos que Vossa filha já recebeu a sentença absolutória e misericordiosa. Descanse em paz. Quanto a nós, cremos que a morte só se concretiza quando apagamos de nossos corações aqueles aos quais amamos. Cremos na vida eterna a nós garantida pelo Divino Filho aos pés da Cruz quando através do Discípulo João nos deu Maria Mãe da humanidade.