• Antiglobalismo

  • 09/12/2018 08:00

    Ultimamente e com mais frequência do que seria esperado, estamos escutando a expressão "antiglobalismo" cujo significado e seu contexto de aplicabilidade, ainda não estão bem claros.

    Certo é que, o chamado "antiglobalismo" centra-se em algumas proposições: é crítico para com as imigraçoes, combate pautas ligadas às minorias, é contra organizações multilaterais, tais como a ONU e a União Europeia e ao que chamam de efeitos nocivos da industrialização, como o desemprego gerado com a transferência de fábricas para a Ásia; dentre outras de menor peso e inerentes às especificidades de cada País. 

    A grande mídia brasileira começou a prestar atenção a este movimento, a partir da escolha por Bolsonaro, para o Ministério de Relações Exteriores, do Embaixador Ernesto Araújo, um auto-dito "antiglobalista".

    A chegada do "antiglobalismo" ao Brasil virá, obrigatoriamente, acompanhada de modificações tupiniquins; o Brasil ainda prefere o multilateralismo, pois não tem poder para enfrentar grandes parceiros  (depende comercialmente deles) e não tem problemas migratórios. 

    A bem da verdade, esta reinvenção da direita, apareceu nos primeiros discursos de Trump influenciados por Steve Bannon ( que atuou como estrategista da Casa Branca, por 7 meses) e o "antiglobalismo" chegou ao poder, com Viktor Orbán na Hungria, Luigi di Maio e Matteo Salvini na Itália e obviamente Donald Trump nos EUA. Aparentemente, também agora,  (ainda  não podemos ter certeza, o ano que vem dirá) com Jair Bolsonaro no Brasil.

    Por certo, este neoconservadorismo, se vingar a futuro, terá ainda um longo caminho a percorrer, assim como as adaptações, por parte de cada País que o adotar, deverão ocorrer de acordo com as necessidades de cada um.

    Oportuno notar que esta distensão da compreensão de um viés da direita e de um novo discurso,  é uma interessante luta ideológica, à qual deveremos prestar mais atenção de ora em diante. É o mundo se mimitizando em posições até então pouco pensadas (o expoente deste pensamento no Brasil é o filósofo  Olavo de Carvalho) e estudadas.

    Críticas ao "antiglobalismo" ainda não podem ser feitas ( talvez sim, em relação a alguns exageros de Trump); por ser uma nova ideia, vamos necessitar de um tempo para uma avaliação na prática, de seus resultados, bem como na forma de sua aplicação.

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