85º aniversário do Instituto Histórico de Petrópolis
O Instituto Histórico de Petrópolis iniciou no dia 11 de setembro as celebrações do octogésimo quinto aniversário de sua fundação em 25 de setembro próximo.
A sede estabelecida à Praça de Liberdade, 247, Casa de Cláudio de Souza repleta de confrades e convidados, perfeita sintonia às belas marouflages, vitrais, azulejaria portuguesa e traços arquitetônicos em estilo eclético com influências art déco (início do século XX) foram realçados ante o brilho do elegante público das várias searas do notável saber desde as autoridades civis, militares, eclesiásticas e profissionais da Imprensa.
A assembleia comemorativa reviveu a dedicação, e a tenacidade do Dr. Henrique Leão Teixeira Filho, e também, da Comissão constituída por Max Fleiuss, Leão Teixeira, Jacobina Lacombe, Rangel Pestana e Alcindo Sodré à elaboração do estatuto do “Instituto Histórico Dom Pedro II”, aprovado em reunião no dia 24 de setembro de 1938 e oficialmente instalado em 2 de dezembro do mesmo ano, data natalícia do Imperador, patrono do renomado panteão cultural guardião na preservação da história e memória da Imperial Cidade de Petrópolis.
A mesa foi composta e presidida pela professora Dra. Ana Cristina Francisco, Presidente do Instituto Histórico de Petrópolis, também, a Vice-Presidente professora Maria de Fátima Moraes Argon, professora Marisa Guadalupe Cardoso Plum, Diretora-Secretária, escritora e pesquisadora palestrante da noite Cláudia Witte e o escritor, pesquisador e biógrafo Paulo Rezzutti, ambos associados correspondentes do Instituto.
A sessão solene, aberta em memorável alocução da presidente Ana Cristina e, logo depois, à Diretora Secretária Marisa Guadalupe Plum para os informes.
A Academia Brasileira de Poesia, Casa de Raul de Leoni presidida pela acadêmica Júlia Schaefer, no ato representada pela acadêmica poetisa Shirley Vilhena declamou um poema de sua lavra “IHP há 85 anos preservando nossa história e tradição”.
A seguir, o artista Antenor Carvalho, presidente do Instituto Imperatriz D. Amélia presenteou à conferencista e escritora Cláudia Witte com uma bela réplica de um dos chapéus usados por Dona Amélia de Leuchtenberg, a segunda Imperatriz do Brasil, que veio de Munique, na Baviera, para se casar com dom Pedro I, Imperador do Brasil.
A homenagem oportuna e elegante a todos encantou, notadamente à escritora Cláudia Witte, autora da obra “D. Amélia: a história não contada” – a neta de Napoleão quese tornou a imperatriz do Brasil, depois de tecer considerações sobre a obra e os agradecimentos e saudações de praxe iniciou seu colóquio repleto em eloquência, riqueza vernácula e simpatia.
A ex-presidente do I.H.P., escritora e historiadora Maria de Fátima Moraes Argon da Matta assim se pronunciou sobre a escritora Claudia Witte:
“Claudia Witte discorreu por 1h30min sobre a história de vida de D. Amélia de Leuchtenberg, a Segunda Imperatriz do Brasil, desde a sua infância até a pós-morte, trazendo novas informações e imagens inéditas colhidas durante os vinte anos de pesquisas realizadas nos arquivos do Brasil e da Europa, frutos da análise da correspondência da própria D. Amélia e da trocada com várias pessoas do seu círculo familiar, de amizade e de políticos. Destacou vários pontos de sua trajetória como, por exemplo, a importância de D. Amélia na criação dos filhos de D. Pedro I e o seu papel na construção de um hospital na Ilha da Madeira, Portugal para o tratamento de doentes de tuberculose e no financiamento e administração dos Asilos da Infância Desvalida em Portugal, responsáveis pelo acolhimento, educação e formação profissional de milhares de crianças.”
Em perfunctória síntese, pincei tênue mostra de seu vasto currículo:
Cláudia Thomé Witte como é de pleno conhecimento dos historiadores e demais integrantes do universo cultural é escritora e pesquisadora independente sobre história do Império do Brasil “com foco no Primeiro Reinado e, biógrafa da imperatriz Amélia de Leuchtenberg com diversos artigos publicados no Brasil e no exterior.”
É membro do Instituto Histórico de Petrópolis e do Círculo Leuchtenberg de Munique. É autora das obras Maria da Glória, uma princesa brasileira no trono de Portugal, publicada pela Fundação da Casa de Bragança, em 2019 e, Amélie von Leuchtenberg: Ibre Lebensgeschichte als Prinzessin von Leuchtenberg und Kaiserin von Brasilein, publicada na Alemanha pelo Freundeskreis Leuchtenberg, em 2021.
Em parceria com Paulo Rezzutti, com quem já apresentou inúmeras palestras e conversas on-line e presencialmente, publicou Sissi e o último brilho de uma dinastia na coleção “Uma breve história não contada.”
Ao final da inesquecível preleção feita por Cláudia Thomé Witte passou-se à outorga de medalhas comemorativas aos oitenta e cinco anos do Instituto Histórico de Petrópolis aos seguintes agraciados:
Museu Imperial, Diretor Maurício Vicente Ferreira Junior, Academia Petropolitana de Letras, Presidente Leandro Garcia, Academia Petropolitana de Educação, Presidente Sra. Sandra Luzia Ferreira Reis, Academia Brasileira de Poesia – Casa Raul de Leoni presidida por Julia Schaefer, representada pela poeta – acadêmica Shirley Vilhena.
Procedida a parte institucional, o laurel conferiu-se aos confrades membros titulares, correspondentes e honorários do Instituto Histórico de Petrópolis:
Ana Cristina Francisco, presidente do I.H.P., aos antigos presidentes Joaquim Eloy Duarte dos Santos, Luiz Carlos Gomes, e Maria de Fátima Moraes Argon, Enrico Mattievich, Dom Pedro Carlos Orleans e Bragança, representado por sua esposa Dona Patrícia, Eliane Zanatta, Maurício Vicente Ferreira Júnior, Alessandra Fraguas, Elizabeth Maller, Frederico Haack, Luiz Carlos Gomes, Pe. Thomas Dias, José Luiz Mendonça Costa, Maria das Graças Duvanel Rodrigues, Lucas Ventura, Luciano Cavalcanti, Marisa Guadalupe Cardoso Plum, Leandro Garcia, José Afonso Barenco de Guedes Vaz, Vera Abad, Bruno Cerqueira, Sócio correspondente e presidente do Instituto Cultural Dona Isabel em Brasília – DF, aos associados correspondentes Paulo Rezzutti e Cláudia Wutte e, a mim, Fernando Costa no exercício das funções de Diretor de Relações Públicas e Cerimonial.
Antes de ser devolvida a palavra à presidente Ana Cristina Francisco passou-se aos agradecimentos a ofícios, e-mail, homenagens e às presenças dos convidados, associados, autoridades, instituições, notadamente ao presidente do Rotary Petrópolis Dagmar Senna, Maristela Esch a primeira Dançarina e representante da cultura germânica em Petrópolis e a sua mãe Maria da Glória, Dona Patrícia Orleans e Bragança – Senhora Dom Pedro Carlos Orleans e Bragança, Cláudia Costa – Museu Imperial, Irmãs do Colégio do Amparo, ao grupo de Guias Turísticos, Bruno Cerqueira, enfim a todos os presentes, pois, vieram emprestar seu brilho à festa.
Concluída a outorga de medalhas comemorativas, os convidados se dirigiram à sala onde a escritora Cláudia Witte recebeu os cumprimentos ao ensejo do festejado lançamento oportunidade em que autografou a mencionada obra “D. Amélia: a história não contada”.
Dando sequência às celebrações alusivas ao aniversário do I.H.P., nos dias 18 a 21 do deste mês o Museu Imperial em parceria com o I.H.P. promoverão o congresso “A Petrópolis do Museu Imperial: contextos,” cuja programação será oportunamente veiculada.
No dia 24 de setembro próximo, às 11h30, será oficiada a Santa Missa Solene na Catedral São Pedro de Alcântara. Reiteramos o convite ao prestígio da presença e desde já os agradecemos.
Oitenta e cinco anos, Jubileu de Girassol do Instituto Histórico de Petrópolis!
Direcionando-se os moldes da antiga cultura romana a efeméride encerrou-se com o lindo bolo a exemplo da “confarreatio” ao som do “Parabéns a você” e, por entre o tilintar de cristais e o espocar de espumantes, abraços e sorrisos gravou-se em ouro o harmonioso enlace a celebrar o convívio, no mesmo diapasão entoou-se vivas à história e à memória.
Parabéns I.H.P., rumo ao centenário repleto em vigor, entusiasmo e muito amor.