• ‘Brasil não saiu o campeão’ na entrada da Arábia Saudita no BRICS, diz fonte próxima ao governo

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  • 10/09/2023 12:05
    Por Célia Froufe, enviada especial / Estadão

    Propagada como um grande avanço dos BRICS (acrônimo que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), a ampliação do grupo anunciada no mês passado foi uma demonstração de força do gigante asiático. A partir do ano que vem, o bloco passará a contar com 11 integrantes, incluindo a Arábia Saudita.

    O Brasil e a Índia fizeram o contraponto à entrada de alguns dos membros, mas não tiveram sucesso. “Certamente o Brasil não saiu campeão”, avaliou uma alta fonte do governo ao Broadcast. Os demais entrantes no BRICS são Argentina, Egito, Irã, Etiópia e Emirados Árabes Unidos.

    O aumento dos participantes vinha sendo discutido há meses. De acordo com especialistas, a nova configuração do grupo dá a ele um caráter mais geopolítico do que necessariamente econômico, como quando foi lançado. Escolhidos pelo economista britânico Jim ONeil, os primeiros quatro membros (BRIC) tinham como características em comum serem países emergentes e de grande porte. O “pai” do acrônimo já havia torcido o nariz para a entrada da África do Sul.

    No geral, a análise é a de que o Brasil perde parte da sua força. Já a China ganha mais poderes, principalmente levando-se em conta o perfil dos novos participantes. Juntos, os BRICS já têm PIB e população acima do grupo das sete maiores economias do globo (G7), graças à China e à Índia.

    Entre outros motivos, especulou-se durante a cúpula de líderes das 20 maiores economias do globo (G20) que o presidente chinês Xi Jinping decidiu ficar de fora do evento este ano pela primeira vez desde que começou a comandar seu país em 2012 justamente para dar sinalizações de que é o BRICS, e não o G20, que importa para o asiático agora.

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