• Instituto de Cultura deve cachês a artistas desde a Bauernfest

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  • 30/11/2018 10:57

    A classe artística da cidade mais uma vez está sendo prejudicada. Sem receber os pagamentos referentes a contratações de serviços prestados em eventos culturais da Prefeitura, os produtores, atores, músicos e artistas em geral, reclamam a falta de compromisso e a desvalorização da cultura local. 

    Há relatos de artistas que não receberam o cachê de apresentações de festas que foram realizadas há mais de seis meses. Um ator, que preferiu não ser identificado contou que trabalhou durante todos os dias na 29º edição da Bauernfest em julho, e até agora não recebeu o cachê. A equipe de produção e alguns fornecedores que trabalharam no Festival Internacional de Corais também relataram não ter recebido.

    “É um descaso com a classe artística local. Isso não acontecia, o máximo que já esperei para receber foram dois meses, e agora não ha nem previsão. Tenho colegas que contam que não receberam o cachê de eventos realizados no ano passado, inclusive do Natal Imperial de 2017”, reclamou o ator. 

    Alguns profissionais chegaram a fazer um manifesto em favor da cultura e pontuaram os principais problemas que vem ocorrendo na cidade desde o ano passado.  Além do não cumprimento da lei 6.806/2010, que criou o Sistema Municipal de Cultura (SMC), os artistas denunciaram a falta de manutenção no Centro de Cultura Raul de Leoni. Na ocasião a Prefeitura informou que o Instituto Municipal de Cultura e Esporte (IMCE) já preparou o projeto de revitalização de todo o Centro de Cultura Raul de Leoni, e que está trabalhando na captação de recursos para a execução da obra. 

    Outra reclamação levantada pela classe é sobre a demora na abertura do edital para Cultura. O valor seria de R$ 350 mil. Questionada, a prefeitura informou no fim da tarde de ontem, que o prazo para a publicação do edital de projetos culturais é até o fim de dezembro.

    Segundo a Prefeitura, todos os pagamentos de contratação artística serão regularizados ainda em dezembro. Assim, como já havia dito através de sua assessoria de imprensa no início do novembro, que os valores estavam garantidos.

    “A gente lamenta, porque desvaloriza nosso trabalho. E não é só isso, a gente cobra, vai até o instituto e não eles não dão nenhuma previsão sobre o pagamento. É uma total falta de respeito”, disse uma produtora, que também preferiu não ser identificada. 


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