Projeto “Ser no Mundo” promove festas de aniversário para jovens e arrecada produtos para famílias carentes em Petrópolis

O projeto “Ser no Mundo” surgiu com a vontade de ajudar o próximo e impactar, positivamente, a vida das pessoas. A iniciativa tem como objetivo não apenas suprir necessidades básicas, contando com arrecadações, mas também levar alegria e afeto, através de comemorações de aniversário, realizadas em uma casa de acolhimento em Petrópolis.

Atualmente, as comemorações são destinadas somente a meninas acima de 12 anos, que se encontram sob medidas de proteção ou enfrentam situações de risco pessoal e social. Entretanto, Bárbara Masieiro, a idealizadora da ideia, disse que é um grande sonho estender esses momentos de celebração também aos meninos.

As festas de aniversário representam mais do que apenas momentos de descontração; Bárbara destaca que a iniciativa também desempenha um papel significativo como uma espécie de terapia para as aniversariantes. Durante essas celebrações, elas têm a chance de dialogar, desabafar, expressar seus sentimentos e, claro, receber o apoio das voluntárias.

Ao todo, já foram organizadas quatro festas na casa de acolhimento. No último mês, onde não havia nenhuma aniversariante, foi realizado um dia de beleza para as meninas. Uma cabeleireira se prontificou em estar na ação e ensinou as jovens como hidratar os cabelos.

Como surgiu

O projeto “Ser no Mundo”, foi idealizado por quatro estudantes de Psicologia. Atualmente, duas delas continuam com os trabalhos no projeto: Laura Couto e Vitória Luísa.

Laura conta que a ideia inicial surgiu a partir de uma visita acadêmica ao Centro de Atenção Psicossocial Nise da Silveira, na qual foi identificada a carência de materiais para a realização de oficinas com os usuários. Dessa forma, em fevereiro de 2019, foi feita a arrecadação e a entrega desses materiais para a instituição.

“Após essa primeira ação, começamos a levantar demandas pontuais de outras instituições e realizar essas ações. No início de 2021, Ser no Mundo tornou-se também um projeto de extensão da UNIFASE, possibilitando a atuação multidisciplinar nos trabalhos”, lembra Laura.

​Em 2022, com o final da graduação das idealizadoras, a iniciativa desvinculou-se do Centro Universitário e deu continuidade aos trabalhos como um projeto social aberto a participantes interessados do público em geral.

Hoje, além de ações por demanda, o grupo realiza outras quatro campanhas mensais:

1. Campanha “Apadrinhe uma família”, onde são entregues 15 cestas básicas para famílias cadastradas;

2. Ação em uma Entidade de Acolhimento Institucional, que acolhe crianças na faixa de 0 a 12 anos, em situação de risco e vulnerabilidade social, encaminhadas pelo Juizado da Infância e da Juventude da Comarca de Petrópolis e/ou pelo Conselho Tutelar. No local, são feitas diversas atividades e refeições;

3. Almoço para a população em situação de rua em parceria com o projeto “Amor em Isopor”. São oferecidas 25 quentinhas no último domingo de cada mês. A iniciativa que atua em parceria desenvolve a ação nos outros domingos do mês;

4. A Festa Casa da Acolhida Feminina, que destina-se ao acolhimento provisório e excepcional de adolescentes sob medida de proteção e em situação de risco pessoal e social, é a festa para aniversariantes do mês.

Além disso, as equipes também estão se organizando para fazer oficinas na casa de acolhimento, a fim de ajudar a profissionalizá-las em algumas áreas.

Ao todo, o projeto conta com quatro voluntários que ajudam de forma fixa, além de outras pessoas que ajudam de forma esporádica.

Transparência

Todos os meses, as voluntárias do projeto prestam contas do que foi comprado com a verba doada. Bárbara explica que há um grupo no WhatsApp, mas que a prestação de contas também pode ser enviada de forma privada, caso o doador prefira.

Como ajudar o projeto?

Para ajudar é muito simples; basta entrar em contato através do Instagram @projetosernomundo ou pelos telefones: (24) 98858-4432 – Laura e (24) 99220-0365 – Vitória, para saber quais são as maiores necessidades atuais e, dessa forma, saber com o que contribuir.

Bárbara diz que hoje o grupo precisa de um ponto de apoio no Centro para recebimento de doações. Isso porque, muita das vezes, as voluntárias não tem disponibilidade para percorrer pela cidade recolhendo os itens da lista de doações.