• O jornalista pescador

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  • 26/08/2023 08:00
    Por Afonso Vaz

    Aqueles que fazem a leitura do jornal Diário de Petrópolis, cuja direção está sob a responsabilidade do Jornalista Paulo Antônio Carneiro Dias, filho dileto do fundador, José Carneiro Dias, não podem deixar de recordar – se é que o conheceram anos passados – a figura de um importante cidadão que tanto fez colaborar com o jornal “O Diário” e,  consequentemente, com a história da imprensa em nossa terra.

    Nada mais, nada menos, do que Marin de Toledo Melquíades, mineiro, nascido em Juiz de Fora, tendo se formado em Comunicação Social pela Universidade Federal daquela cidade.

    Sua carreira jornalística foi brilhante já que desde cedo, aos vinte e um anos, dirigira o jornal Folha da Mantiqueira.

    Aos vinte e três tornou-se editor do Diário da Tarde, órgão dos Diários Associados, cargo que ocupou por seis anos.

    Em 1981, colaborou com o Jornal de Petrópolis, todavia a partir de 1984 veio a se tornar editor do Diário de Petrópolis.

    Perante à administração municipal desempenhou o cargo de Assessor de Imprensa junto à Fundação de Saúde.

    Publicou, em 2009, o seu primeiro livro de crônicas, “Jornalista…Pescador…Compulsivo”.

    Em 2008, Marin lança seu segundo tablóide intitulado “Com textos”, sendo que em 2011 publica “Antologia”, obra que reúne uma coletânea de crônicas escritas por vários amigos e apreciadores do jornalista/pescador.

    Marin, em razão de sua competência e valor moral consagrado, por merecimento, fez integrar a Academia Petropolitana de Letras, ocupante da cadeira nº 30 e bem assim a Academia Brasileira de Poesia Casa de Raul de Leoni.

    Nesse mesmo livro à página quatro, sob o título “Reunir é Desafio”, esclarece fazendo importantes considerações sobre as atividades jornalísticas.

    Assim é que afirma “…Portanto, organizar uma coletânea de crônicas foi apenas mais um desafio, não tanto difícil quanto ao apoio e incentivo de inúmeros cronistas, mas quase inviabilizado por conta de recursos financeiros para concretizar a proposta…”.

    E concluiu aduzindo…”De qualquer forma está aí, de forma incontestável de que ‘a união faz a força’ e ‘querer é poder'”.

    À página 70 da obra em tela, sob o título “Úlcera Compulsiva”, os leitores poderão aquilatar a propósito da grandeza e da dedicação do jornalista para com sua nobre profissão quando, de maneira exemplar, deixa claro:

    “Ser responsável pelo que é publicado no jornal, principalmente na primeira página, convenhamos, não é tarefa muito agradável, pra não dizer complicada e estressante. Afinal, uma palavra ou até uma simples letra ou vírgula, a mais ou menos, pode resultar num processo, corriqueiro nos dias de hoje, por dano moral. Assim, todo cuidado na elaboração de manchetes é pouco diante da subjetividade da interpretação de advogados e juízes”.

    O ora homenageado embora já haja falecido, merece, sem dúvida, encômios pela bela trajetória que fez cumprir, tendo nos deixado aos 58 anos, sepultado na sua terra natal, Juiz de Fora.

    Petrópolis certamente continuará a se recordar de Marin de Toledo Melquíades, não só pela figura humana que representou, mas, também, pela eficaz dedicação em prol do jornalismo na nossa cidade.

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