• Um bom caminho

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  • 25/11/2018 12:00

    Lendo os jornais desta semana e as notícias postadas na internet, me pergunto quanto tempo será preciso para que as críticas e armadilhas (aumento do judiciário e tentativa frustada de enfraquecimento da ficha limpa) ao novo governo ainda continuem neste tom pesado? É óbvio que uma agenda de campanha não poderá ser levada a termo em toda sua plenitude.

    Muito diálogo com a sociedade deverá acontecer, diálogo este totalmente perdido pela esquerda nos últimos 25 anos com sua política nacional populista, uma metástase política, que acabou com a derrota nas urnas. A agenda inicialmente proposta por Bolsonaro deixa a transparecer uma democracia representativa mais verdadeira em sua essência. 

    O bom senso pede tolerância neste momento: a acusação, imputada a um governo que ainda não está vigindo, da perda dos médicos, é no mínimo injusta e mal intencionada; assim como as inúmeras críticas ao "Escola Sem Partido". Sempre houve e continuarão existindo manipulações, tanto da esquerda quanto da direita. Tolo é quem não enxerga isto. Não há o menor perigo a futuro, de uma radicalização ou de um advento que resulte em totalitarismo. O que existe é uma fantasia falaciosa da esquerda, alicerçada em uma pedagogia dialética de Paulo Freire.

    Desmontar uma máquina aparelhada durante 14 anos, por pretendentes à perpetuação no poder, não será uma tarefa que possa ser executada a curto ou médio prazo. A busca por nomes para a formação de uma equipe alinhada será uma constante perene.

    Retomar um caminho para a redução do déficit primário, do déficit de custeio e a busca pela necessária reforma da previdência é um trabalho hercúleo. Não há tarefas fáceis a esperar o novo governo, tampouco haverá espaço para radicalismos. Alguns direitistas mais extremados almejam uma postura mais radical (tão temida pela esquerda) mas posso tranquilizar mentes mais equilibradas: não há espaço para isto. O medo da fúria contra o sistema político e um recrudescimento de um viés fascista são bobagens ímpares da esquerda. Aliás, quando a esquerda fala em fascismo, ignora geralmente sobre o que está falando, pois lhe falta estudo e conhecimento histórico. 

    O combate à corrupção e ao crime organizado, dois dos principais problemas do País, está bem encaminhado nas mãos de Sérgio Moro, assim como a nova estratégia de relacionamento com o mercado internacional, relegando-se posturas ideológicas equivocadas, levadas a efeito até aqui, com a escolha de Ernesto Araújo. 

    Acredito que se uma boa parte da agenda proposta vier a se concretizar,  teremos um ganho almejado há muito tempo. Vale lembrar que a volta atrás de algumas idéias e propostas de Bolsonaro, mostra uma busca mais antenada aos anseios da população, portanto  vamos ser pacientes e tolerantes. O certo é que neste primeiro momento, teremos uma redução do número de Ministérios e deveremos chegar ao início do próximo ano, com algo em torno de 17 ou 18 pastas. Estamos num bom caminho.

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