
Câmeras de videomonitoramento: uso do sistema “apenas para multar” é questionado
Em diversos locais de Petrópolis, é possível observar a presença de câmeras públicas de videomonitoramento. Os equipamentos do Centro Integrado de Monitoramento e Operações de Petrópolis (Cimop), nos últimos meses, passaram a ser utilizados também para a fiscalização de trânsito. Com tantas câmeras espalhadas pela cidade, a falta de utilização para outros fins chama atenção.
Quando iniciado o serviço de videomonitoramento do trânsito para fins de fiscalização e aplicação de multas, a Companhia Petropolitana de Trânsito e Transportes (CPTrans) informou que o estacionamento irregular era um dos principais pontos a serem combatidos usando a tecnologia.
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Além do uso para a punição de condutores infratores, as câmeras teriam o objetivo de ajudar em ações de segurança pública no município e Defesa Civil. No entanto, este uso não é visto em prática.
Cidade registra casos de vandalismo a veículos
Na última semana, a cidade registrou casos de danos a carros estacionados no Centro. Os veículos tiveram as laterais arranhadas enquanto estavam parados em locais como a Rua da Imperatriz, Paulo Barbosa e Roberto Silveira. No entanto, sem o flagra das câmeras.
Videomonitoramento poderia contribuir na preservação de prédios históricos
O sistema poderia também contribuir com a preservação e o combate a atos de vandalismo em prédios históricos, como o antigo Fórum, atualmente Cefet, prédio dos Correios, dentre outros.
O que mudou com o videomonitoramento?
A falta de informações sobre o sistema também é outro ponto a ser ressaltado. Desde a sua implementação, o município não divulgou um balanço sobre a contribuição do sistema no trânsito de Petrópolis.
Em março, a Tribuna havia produzido material que falava sobre o tema. Na ocasião, foi apenas informado pela Prefeitura que estacionamento em filas duplas, triplas ou em calçadas e locais com sinalização zebrada ou faixa amarela no meio-fio estavam entre as infrações mais registradas, além de veículos estacionados em pontos de táxi e de ônibus, na faixa de pedestre ou atrapalhando ou fluxo, como no caso daqueles estacionados na contramão.
Sem respostas
A Tribuna questionou a Prefeitura de Petrópolis sobre a utilização das câmeras para outros objetivos, além de multas, mas não obteve respostas.