• Fátima modelar criatura!

  • 13/11/2018 10:05

    Questiono e instigo “ad argumentandum tantum” onde  a professora Fátima busca tanta garra e forças para vencer as adversidades que ao longo da trajetória, a ela se  apresentam. Com bravura de gladiador greco-romano as domina uma a uma sem pestanejar. É na inquebrantável fé em Maria Santíssima. Bem menina, Fátima resistiu a uma meningite, uma paralisia dentre outras enfermidades que a acometeram desde o ventre materno de D. Elza  que durante toda a vida a cobriu de zelo e incondicional vigília. O pai José Nunes Prata foi o amigo de todas as horas… A irmã Therezinha, ela sim, sabia deixar a vida levá-la  bem ao estilo do sensacional músico e compositor Zeca Pagodinho. E as sobrinhas Manoela e Marisol, que são irmãs de Isabela?  Ainda provocam soluços e incontroláveis lágrimas. Recordo-me das chuvas de 1988. Pois é. Graças aos desmandos e construções nas encostas a tantos atingiu. Fizeram-se vítimas e mártires. Seu nome é Fátima Maria Nunes Prata, mas poderia perfeitamente chamar-se “Nunes Ouro” porque é uma mulher mais resistente que o metal precioso.  Faz jus a um monumento em praça pública. Poderia adotar o nome de “Fátima Santos” porque seu marido Titto possui esse nome artístico ou ainda “Fátima Araújo Costa” porque na vida real Titto é Péricles.  A exímia bailarina dança nos palcos do mundo. No limiar da vida foi conduzida à Professora Isold do Teatro Municipal do Rio de Janeiro  administrando-lhe  sábias lições da arte da dança, de quem herdou as filigranas técnicas, estudos, pesquisas e afinco. Fátima possui, dentre seus amigos, a exemplo de Ruth Lima, Primeira Bailarina do Teatro Municipal à época, assim como Ana Maria Botafogo. Mantém em sua cabeceira estantes obras dos mestres Dalal Achar, Tatiana Leskova, Rudolf Noreiev, Fernando Bujone e tantos mais no ministério das lições da arte do ballet.  São mais de três décadas de labutas diárias.  Participou dos Shows internacionais de Titto Santos com o Modern Rotima e Rotima Dance, além dos intercâmbios pelo Japão, U.S.A., Inglaterra (Royal Ballet de Londres), França (Paris), Portugal (Lisboa) e etc. Seu codinome é Fátima Cruz. Recorda a vitória do Cristo ressuscitado, revive a cruz suportada por seus entes queridos, relembra o sagrado lenho dos obstáculos por ela percorridos um a um.  Corre de cá para lá, de lá para cá, pois seu nome é trabalho… Ela subdivide-se, não há quem não conte com seus préstimos. Está sempre disponível, pois, simboliza a palavra servir. As iniciativas culturais da Cidade Imperial e fora de suas cercanias se não possuem sua chancela parecem obra inacabada. Pois é, senhoras e senhores, muito haveria a dizer se o tempo e o espaço me fossem permitidos. Discorrer sobre esta extraordinária Criatura de Deus e nossa, é fonte inesgotável e em várias nuanças, quer vista pela ótica da arte, dos exemplos de fibra, esperança e superação do sofrimento ante as provas que a ela se apresentam. Supera-as com resignação, sem mágoas, ressentimentos ou rancor. Felizes e privilegiados aqueles que conseguem perscrutar seu universo. Encontram um tesouro encravado nas jazidas do coração desta heroína, que escolheu ser bailarina, para dançar e entreter o mundo. Fátima me lembra de Santa Terezinha que dizia: “cantarei, cantarei sempre, quanto mais pungentes forem os espinhos”.  Nasceu para brilhar qual estrela, por isso é a alegria dos anjos alados e dos colibris que riscam os céus e incandescem os palcos e ribaltas de nossas vidas.

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