• Herói do thriller ‘Resgate 2’ agora quer ser vilão

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  • 24/07/2023 08:55
    Por Simião castro / Estadão

    Como um filme de ação e violência não fica repetitivo? Resgate 2 busca outro jeito de contar a história. O filme da Netflix traz as sequências alucinantes de perseguição que impressionaram no primeiro longa. Mas com uma perspectiva mais primitiva da ação.

    Desta vez, Tyler Rake (Chris Hemsworth) renasce das lesões profundas que sobraram do primeiro filme e enfrenta uma nova missão: resgatar a ex-cunhada do covil de uma gangue que age como uma seita.

    Agora, porém, ele tem de levar os filhos da mulher. E passar no meio do pátio de uma prisão em que facções rivais disputam território. A cena feita praticamente em plano-sequência – e recheada de violência – é de tirar o fôlego.

    O principal responsável por isso é o diretor Sam Hargrave. Com histórico de coreógrafo de dublês, ele atuou durante anos montando cenas de luta nos filmes da Marvel – como, por exemplo, a franquia Vingadores. E ele, ao lado de Chris no Tudum Festival, ocorrido em São Paulo no início de junho, já anunciou o terceiro longa da franquia.

    Um dos diretores de Vingadores, Anthony Russo, que é produtor de Resgate 2, falou ao Estadão sobre o estilo de Hargrave ao montar as sequências desse gênero. “Quando cria, ele pensa sobre isso do ponto de vista da câmera. Coreografa os movimentos com a cena em mente”, afirma.

    Passado

    É esse tipo de coisa que, diz Russo, permite que uma história como a de Resgate 2 não seja vista como apenas mais um filme de ação – como tantos na prateleira, com premissas muito parecidas – de um mercenário enfrentando o que ninguém mais tem coragem para completar o serviço contratado. Nessa fórmula, há outras características que dão ainda mais destaque a Tyler: o seu passado muito próprio e a sua vida interior bastante complicada. “É a exploração de um personagem muito específico e único”, completa.

    É com essa missão que Chris Hemsworth entra em cena, já conhecido do público como o Thor da Marvel – e talvez prestes a se aposentar do papel. Para ele, as cenas de luta são desafiadoras do ponto de vista físico, mas há uma outra particularidade do personagem mais relevante. “O componente emocional da história era mais importante, algo em que trabalhamos muito”, conta Chris. “Acredito que o público se identifica. O lado emocional e a ação se complementam. Ela pode ser fantástica ou tão impressionante quanto a gente quiser, mas, se não tem algo pelo qual o público torça, seja instigado, tenha empatia, tudo cai por terra.”

    Olhando para o futuro, o ator compartilha o interesse de interpretar um vilão. Ele acha interessante poder explorar vertentes mais sombrias e conflituosas das pessoas e se diverte em agir, na tela, como um lunático sem consequências. “É uma oportunidade de ser mais imprevisível. Não importa o quanto você pegue pesado como herói, existem certas características e regras que você deve seguir”, observa o ator.

    Mas talvez um personagem ainda mais surpreendente esteja no destino de Chris, porque o projeto dos sonhos de Hargrave é dirigir um filme de faroeste. “Fui muito influenciado por faroestes enquanto crescia”, lembra o diretor. “Seria um sonho fazer um faroeste antes de encerrar a carreira, todo diretor precisa de um. Esse provavelmente seria o meu gênero de escolha se eu tivesse liberdade de estilo.”

    Mas o que isso tem a ver com Chris? O diretor deu uma deixa de que o ex-Thor deveria tentar interpretar um cowboy. No que foi apoiado por ele. “Um cowboy em um dos filmes do Sam”, riem os dois.

    As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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