Números vitaminados? Prefeitura estima 520 mil pessoas na Bauernfest

Por mais que a gente torça pelo turismo – e olha que torcemos muito – será mesmo que Bauernfest movimentou 520 mil pessoas na edição deste ano, número vitaminado divulgado ontem pela prefeitura? O que vocês acham? A explicação da prefeitura para que a gente não ‘sentisse’ essa grande quantidade de gente é que o trânsito teve um esquema que fluiu bem.

Faz as contas!

A festa teve dias de muita gente, sim, e as barracas faturaram apesar dos preços altos. Mas, 520 mil pessoas? É como se Petrópolis tivesse recebido duas vezes a sua população em 17 dias. Para uma comparação bem grosseira (mas que a gente usa porque consegue ‘visualizar’ por causa das imagens que a mídia mostra) o Rock in Rio, em sete dias, teve 700 mil de público em sua última edição.

Comparação

A prefeitura alega que durante os fins de semana, a ocupação hoteleira ficou em torno dos 90% nos hotéis e pousadas do Centro Histórico. Nos áureos tempos entre 2017 e 2019, a ocupação batia 100% e o pessoal recorria a Airbnb e muita gente chegava a disponibilizar quartos em casa. Era um mar de ônibus e vans parados no Quitandinha, Barão e Bingen, tinha engarrafamento a pé na festa e naqueles anos, se estimava em 450 mil pessoas ao longo de 17 dias…

Contagem

E Petrópolis está há 72 dias sem os 100% da frota de ônibus nas ruas depois do incêndio na garagem das empresas. Faltam três ônibus, considerando os cálculos da prefeitura que diz que dos 48 queimados que estavam operando, 45 foram repostos. E não estamos contando aqueles 35 que foram vendidos na pandemia.

Hugo candidato

Pode ser mesmo um indicativo de que Hugo Leal, deputado federal licenciado e secretário de Estado de Energia e Economia do Mar, vem mesmo como candidato do governador Cláudio Castro a prefeito.  Hugo começou a se aproximar dos assuntos do cotidiano da cidade, entre eles o reajuste dos ônibus anunciando que vai lutar para que seja suspenso. Só não disse como.

No Rio…

O prefeito Eduardo Paes lançou ontem o Jaé,  novo sistema de bilhetagem eletrônica dos modais de transporte público da capital fluminense. E Paes, ainda emendou: “pelo sistema atual controlado pela RioCard é como se tivéssemos a raposa tomando conta do galinheiro”, definiu. No modelo que existia até então na capital, as empresas é que controlavam a bilhetagem, informações sobre o número de passageiros, arrecadação e saldo remanescente dos bilhetes.

…e aqui

O controle da bilhetagem era feito pela CPTrans, mas passou, em 2006, para o controle das empresas. São 16 anos em que as empresas se auto fiscalizam e a CPTrans, empresa pública que deveria gerenciar o sistema, depende dos dados que elas apuram. A Lei 8.210 de 16 de novembro de 2021 aprovada pela Câmara de Vereadores corrigiu a legislação anterior, mas de nada adiantou. Até hoje não foi regulamentada.

Já era!

E piadinha de um gaiato sobre a comparação dos sistemas de transporte público: no Rio, a prefeitura lançou o Jaé. Por aqui, a prefeitura confirmou o ‘já era’.

Não fui eu!

Eis que sobre a polêmica da possibilidade de um empreendimento imobiliário na Rua Euclides da Cunha, na Castelânea, a gestão Bomtempo estaria dizendo em redes sociais que o licenciamento da obra é da gestão interina de Hingo Hammes. O hoje vereador diz que  a documentação foi toda liberada em 2022 já com Bomtempo como prefeito.

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