Petrópolis tem 61.883 pessoas em situação de extrema pobreza

O Censo 2022 levantou que Petrópolis tem 278.881 habitantes e não os 307 mil moradores que se imaginava. Assim, também muda o cenário de alguns recortes, entre eles o empobrecimento da população. Em dados de abril temos, segundo o governo federal, 114.516 pessoas inscritas no CadÚnico, que dá acesso a benefícios aos mais pobres.  Portanto, com o número de moradores que o censo apurou, temos 41% da população de Petrópolis inscrita no CadÚnico. É quase a metade dos moradores da cidade recebendo ajuda governamental.

Faixas de pobreza

De acordo ainda com os dados do CadÚnico, esse universo de 114.516 moradores tem 61.883 pessoas em famílias em situação de extrema pobreza, o que representa 22% da população.  Outras 24.654 pessoas fazem parte de famílias de baixa renda, o que significa 8,8% dos moradores da  cidade. Já 10.826 pessoas compõem famílias em situação de pobreza que somam 3,8% da população e 17.153 fazem parte de famílias que recebem 1,2 salário mínimo por mês e são 6,1% do total de habitantes.

Extrema pobreza

Vamos repetir: Petrópolis tem 22% da sua população, que são 61.883 pessoas em situação de extrema pobreza. É esse número que tem ficar bem registrado para que ao agentes públicos visualizem o empobrecimento da população e busquem as soluções.  As imediatas, que é ajudar em alimentação e saúde, e as a longo prazo, em educação e formação profissional.

É grave

E o dado mais estarrecedor neste cenário, de acordo com as informações do governo federal, é que cada ano cresce o número de pessoas que acessam, aqui da cidade, o CadÚnico. Em janeiro eram 111.770 pessoas, número que em abril subiu para 114.516 moradores. São mais de 2,7 mil pessoas em apenas quatro meses. Considerando uma década, o número sai de 72.987 em 2012 para as 114.516 pessoas neste ano. Ou seja, um crescimento de 63% em 10 anos, justamente quando a população diminuiu. E a gente não tá vendo ninguém, absolutamente ninguém, avaliar esse cenário.

Contraste

Petrópolis, é bom lembrar, é a cidade  mais rica da região serrana com PIB anual de R$ 12,8 bilhões.

E lá vamos nós de novo!

Vai completar quatro anos agora em outubro que o Theatro Dom Pedro está fechado para reforma. E a prefeitura, depois de fazer um distrato com a empresa contratada, abriu nova licitação que inicia processo agora no dia 26. A meta é contratar nova empresa por R$ 2,4 milhões. Ocorre que a maior parte da verba vem do governo federal. E a prefeitura renovou convênio com o Ministério do Turismo até dezembro. Mas será que em seis meses dá para licitar e concluir os 75% que faltam da obra?

Medo

Tem gente em Petrópolis que tremeu ao ver a notícia de que Douver Torres Braga, que nos Estados Unidos é acusado de uma fraude milionária, também é investigado no Rio sob suspeita de ter participado de um golpe na compra de um dos maiores centros comerciais de moda do estado, o Feirão de Caxias. Por que será?

Vice, não!

E Sergio Fernandes que deixou a vaga na Alerj para Átila Nunes, assumindo a secretaria que acaba de ser criada por Paes, diz que não desistiu da eleição majoritária em Petrópolis e quer ao seu lado o vereador e ex-interino, Hingo Hammes. Mas, Hammes tá ligado que será vice? Acho que não vai topar, não.

Já tá com atraso

Petrópolis faz parte da Região Metropolitana do Rio desde 2018. Inclusive o novo mapa do estado feito pela  Fundação Ceperj (Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores do Rio de Janeiro) ano passado já exibia Petrópolis desta forma. Mas somente na semana passada o governo do Estado anunciou que nossa cidade faz parte agora do Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano Integrado da Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Como já chega com atraso, para recuperar o tempo perdido, já podia ter um projeto para melhor o abastecimento de energia elétrica. Pelo menos.

Contatos com a coluna: lespartisans@tribunadepetropolis.com.br