Consultoria vai levantar tratamento real de esgoto na cidade e propor ações
E a prefeitura, por meio da Secretaria de Meio Ambiente, vai contratar uma empresa para fazer o diagnóstico do sistema de esgotamento sanitário existente na cidade. Serão 36 pessoas entre assessores técnicos de engenharia civil, assessores técnicos de saneamento e assessores técnicos de engenharia ambiental, além de 48 análises de água e a confecção de 12 relatórios de obras e de serviços de engenharia. O custo vai ser de até R$ 317 mil pelo trabalho que vai durar um ano.
Seria inédito?
Na prática, o diagnóstico, além de propor ações vai, inclusive, verificar se a Águas do Imperador está entregando tudo aquilo que está previsto em contrato. Mas, aí ficamos pensando: se o contrato da concessionária é de atribuição da Comdep que absorveu a antiga Caempe após a terceirização do abastecimento de água e tratamento de esgoto porque a auditoria é do Meio Ambiente? E pior: será que nunca foi feita antes?
Para cumprir a lei
Pelo que deu para entender, a consultoria vai apontar onde há tratamento de esgoto, onde não há e onde é falho. Vai ao encontro da lei em vigor desde fevereiro proibindo a concessionária responsável pelo serviço de saneamento básico em Petrópolis – atualmente a Águas do Imperador – de cobrar a taxa de esgoto sem a comprovação da efetiva prestação do serviço. Só pode cobrar pelo que efetivamente foi tratado. Quando o esgoto é lançado na rede pluvial, sem tratamento, a Águas do Imperador não poderia cobrar. Com a auditoria vai dar para bater com o relatório mensal que a empresa presta.
Pode sobrar para todo mundo
Mas, e se o levantamento identificar falhas ao longo dos mais de 25 anos de concessão? Porque, por exemplo, se não trata hoje o esgoto de determinada área, também não tratava antes, ou seja, não fez o investimento necessário e pode agora corrigir. Mas, o inverso “tratava antes e agora suspendeu” é meio inviável. E ao longo deste período de concessão são quatro governos: um Leandro Sampaio, dois de Bomtempo, um Mustrangi, mais um Bomtempo, um de Bernardo, ¼ de Hingo Hammes e mais um de Bomtempo.
Poluidores
E além de tudo, a auditoria vai identificar “grandes geradores de cargas poluidoras” na cidade. Essa parte vai ser maneira também para que a gente saiba quem contamina a água, pessoas físicas, empresas, poder público…
Multa da Enel
E a prefeitura divulgou que o Procon multou a Enel em R$ 16 milhões por ter deixado boa parte da cidade sem energia elétrica durante até 10 dias no Carnaval. Mas, já avisou que cabe recurso e que a Enel já recorreu. E ainda diz que o mais importante é que a prefeitura não foi omissa… Ai, ai.
Será usado onde?
Mas, suponhamos que a Enel pague a multa. É quase os R$ 18 milhões que a concessionária previu de ‘investimentos’ para a cidade ao longo de 2023 (que por sinal é um terço que Niterói ‘recebe’ por ano, por exemplo). Se a empresa pagasse mesmo a multa também reverteria diretamente para os melhoria desta concessão?
Desapegue
A Associação Petropolitana de Pacientes Oncológicos lançou a campanha “Desapegue” em que propõe às pessoas a doar peças e acessórios que não usam mais à instituição. Os objetos ajudam a formar os bazares e brechós promovidos pela APPO, entidade que ajuda pacientes de câncer e seus familiares. As doações podem ser feitas na sede da associação, na Rua Visconde da Penha, 72, Centro, de segunda a sexta-feira, de 8h às 17h.
Menos, gente!
Gente, na boa: não rola a Defesa Civil divulgar vídeo anunciando a temperatura de inverno e fazer propaganda para chamar turistas para a Bauernfest. O serviço de Defesa Civil é muito sério para ter essa leveza de pauta.
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