Ex-capitão da Polícia Militar em Petrópolis é condenado a 40 anos de prisão
O policial militar Francisco Kreischer foi condenado a 40 anos e seis meses de prisão em regime fechado pelos crimes de homicídio duplamente qualificado contra um homem e homicídio duplamente qualificado tentado (quando o agente pretende praticar o ato, porém não resulta na morte da vítima) contra outro homem. Segundo a decisão, os crimes foram cometidos por motivo fútil e impossibilitando a defesa das vítimas.
De acordo com a sentença, assinada pelo juiz Luis Claudio Rocha Rodrigues, os crimes tiveram motivos “egoístas e banais”. Francisco, após os delitos, teria construído um álibi falso e traficado influência, tanto para a prática do delito, quanto para o escondimento posterior, fatores que interferiram na tramitação da investigação e na instrução criminal.
No homicídio consumado, a vítima, identificada como Eugênio, foi atingida enquanto voltava da igreja. O homem caminhava com dificuldade, na ocasião, já que tinha problemas de locomoção em decorrência de um Acidente Vascular Cerebral (AVC).
Já o homicídio tentado, segundo a decisão, faz a outra vítima, Fernando, ter que conviver com um projétil em uma área próxima à coluna, além de ter causado trauma e medo.
A partir dos elementos apresentados, o juiz decidiu fixar a pena em 40 anos e seis meses de reclusão que devem ser cumpridos em regime fechado. A prisão preventiva do acusado foi decretada e, como efeito da condenação, foi decretado também o perdimento do seu cargo público como policial militar.
Francisco fez parte do 26º Batalhão de Polícia Militar, chegando a ocupar o posto de Capitão.
Procurada para se posicionar sobre o ocorrido, a Secretaria de Estado de Polícia Militar afirmou que não comenta decisões judiciais.