Entre 16 cidades serranas, Petrópolis é a segunda a registrar redução de habitantes
É preciso fazer um recorte sobre a situação de nossa cidade em relação aos demais na divisão geográfica em que estamos. Entre os 16 municípios da Região Serrana, Petrópolis é o segundo que mais encolheu, de acordo com o Censo 2022, com menos 5,75% habitantes. O campeão em êxodo de moradores é São Sebastião do Alto que registrou -12,87% habitantes. Outras três cidades também perderam habitantes: Santa Maria Madalena (-0,86%), Carmo (-0,41%) e Cantagalo (-2,22%). As outras 12 cidades registram crescimento entre 0,13% (Trajano de Moraes) a 10,93% (Bom Jardim).
Cenários iguais
E no chamado G3 da região, ao lado de Teresópolis (aumento de 0,84%) e Nova Friburgo (4,33% a mais de moradores), Petrópolis é a cidade que mais perdeu habitantes. E um dos motivos apontados seriam as sucessivas tragédias das chuvas, mas não basta apenas essa explicação. Essas nossas vizinhas também sofrem com o mesmo drama. Talvez, a diferença é que de 2011 para cá, Terê e Friburgo receberam uma produção de casas populares de mais de quatro mil unidades…
Cidades menores cresceram
Outras duas vizinhas, bem pequenas, também registraram aumento populacional: Areal, com mais 3,55% de moradores e São José do Vale do Rio Preto, ide perfil rural e que já foi distrito de Petrópolis, que registrou mais 9,03% de habitantes. Areal, com mais indústrias captadas nos últimos anos, naturalmente cresceu e continuará assim, mas e São José? Qual a explicação?
Estratégias
Esta é a primeira divulgação do levantamento do IBGE e novos dados, mais detalhados, começam a ser mostrados nos próximos meses. É preciso se debruçar sobre os números e considerá-los uma preciosa ferramenta para corrigir o rumo da cidade que se desviou do desenvolvimento nos últimos anos.
Cheirinho ruim
Como você conferiu aqui nas páginas de Cidade da Tribuna, o mau cheiro tá brabo na Bauernfest e frequentadores reclamam da limpeza dos banheiros químicos na Bauernfest. A quantidade de banheiros também ficam aquém: são 106 estruturas para Praça da Liberdade, Palácio de Cristal, Alfredo Pachá, 14 Bis e Casa Visconde de Mauá. E agora o público flagrou vazamentos que podem ser por falta de limpeza das estruturas ou porque o pessoal tá mesmo fazendo xixi no piso do banheiro. Porém, o resultado é o mesmo: xixi escorrendo na calçada mau cheiro.
Transparência
À reportagem da Tribuna, a prefeitura disse que “todas as informações estão disponíveis no Portal de Transparência”. Não, não estão. A licitação foi realizada pela Comdep para a contratação dos banheiros e somente isso é disponibilizado no portal da empresa. Nem o contrato tem.
Casas interditadas vendidas
O vereador Marcelo Lessa denunciou que casas vazias, interditadas desde 2013 no Morin, quando o bairro sofreu deslizamentos de barreiras com mortes, estão sendo habitadas novamente. E mais: estariam sendo vendidas. É grave e merece apuração urgente. E aí a gente lembra que no local foi aplicado um programa de indenização que previa depois demolição dos imóveis e reflorestamento.
Projeto-piloto abandonado
O programa Morar Seguro, um projeto-piloto no país, destinou R$ 75 milhões para estado e União promoverem indenização por casas condenadas, demolição desses imóveis e a recuperação ambiental daquela área do Morin. Foram 39 famílias indenizadas e outras 270 foram cadastradas para receber as indenizações. O programa parou, nenhuma casa foi demolida e não se falou mais no assunto.
R$ 2,3 milhões em debate
Vereadores convocaram uma audiência pública para hoje, às 18h, para debater a elaboração do edital de convocação e chamada pública para projetos culturais da Lei Paulo Gustavo. Petrópolis vai receber recurso de R$ 2,3 milhões do Ministério da Cultura para incentivo de projetos culturais de audiovisual, teatro, dança, artes visuais, entre outros segmentos artísticos. Realmente, é preciso saber os critérios de distribuição das verbas.
Contatos com a coluna: lespartisans@tribunadepetropolis.com.br