• Os chinelos de vó Mariquinha

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  • 23/10/2018 09:45

    Sou assíduo leitor das crônicas de José Afonso Barenco de Guedes Vaz. Elas nos levam a viajarmos no tempo em diversas épocas.  O culto à memória e à história perpetua os episódios e as personalidades. Em uma delas a feliz escolha do título: “Os chinelos de vó Mariquinha.” Nos órgãos da imprensa local e cercanias temos o privilégio de saborearmos suas produções como se sorvêssemos um vinho de boa safra, bálsamo a alma e ao coração. Suas recordações do ontem de menino, jovem e atual fazem renascer as nossas reminiscências. Quando fala sobre política realiza sua análise com acuidade, percuciência, bom senso e vivência. Noutras tantas reverencia a família, pedra angular da comunidade e da pátria. São trezentas páginas a incrustar essa joia com qual acaba de nos presentear. Paralelo  à área literária, o nome de José Afonso Barenco de Guedes Vaz está intimamente relacionado à área jurídica do estado do Rio de Janeiro, especialmente à secretaria de Transportes onde exerceu a função de Assessor Chefe da Assessoria Jurídica daquela pasta de Governo, em períodos alternados entre 1975 a 1986, uma vez que egresso da Companhia de Terminais Rodoviários do estado do Rio de Janeiro, CODERTE. A estrada percorrida pelo ilustre confrade remonta a 1965, ocasião em que ingressou, ainda na condição de estagiário, no Grupo Executivo de Integração da Política de Transportes – GEIPOT, após, com nova denominação, Empresa Brasileira de Planejamento de Transportes. Desempenhou altas funções na entidade na condição de Advogado e, posteriormente, Assessor Jurídico da empresa. Participou, com brilho e atuação desmedida do escritório de advocacia encabeçado pelo advogado Guy Moacir de Ladvocat Cintra, junto à Comarca da Capital. Sempre voltado a área jurídica, na condição de estudioso do Direito Administrativo, discípulo que foi do sempre lembrado professor Ivan Luiz Gontijo, acabou por desempenhar importantes cargos junto à municipalidade de Petrópolis na condição de Subprocurador Tributário, Subprocurador Administrativo, Subprocurador Geral, Secretário de Administração e de Recursos Humanos, justamente na cidade em que nasceu, fato que muito lhe honrou, sabemos nós.  A vida me reservou a primazia de privar da amizade de seu pai, o laureado poeta Osmar de Guedes Vaz, mais ainda depois de meu ingresso à Academia Petropolitana de Letras, nos anos oitenta. Era recíproca a fraternal amizade em razão de tão profundo apreço e carinho que dedicávamos às letras, notadamente a poesia. Os artigos publicados semanalmente por José Afonso na imprensa petropolitana são memoráveis. Aprecio-os. São abraços aos amigos, leitores, à família e, também, à Cidade de Pedro II.  O respeito, a ternura e as boas lembranças extravasam  de seu coração que quase não lhe cabe no peito, aliás, segue as mesmas trilhas de seu pai. Por tantas virtudes e inteligência, simplicidade e amizade que ornam o seu caráter, sem falar na honradez e cultura próprias da pessoa do amigo, também dignas de registro, foi eleito aos quadros efetivos da Academia Petropolitana de Letras e Membro Honorário da Academia Petropolitana de  Letras Jurídicas. De sua lavra, ainda, o livro “Vida e Obra do Poeta Osmar de Guedes Vaz”, em feliz iniciativa do filho escritor e cronista ao luminar pai intelectual de vários matizes notadamente poeta. Parabéns, José Afonso. Haveremos de nos deleitar com as próximas pérolas em honra às belas letras e às famílias Barenco e Guedes Vaz.

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