• Triagem classificatória de risco amplia a resolutividade dos atendimentos no setor de Urgência

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  • Protocolo, realizado no Hospital SMH – Beneficência Portuguesa de Petrópolis, é adotado em unidades que buscam excelência.

    26/06/2023 13:23
    Por Redação/Tribuna de Petrópolis

    Alguns motivos levam pacientes a buscarem as urgências e emergências dos hospitais. Mas como saber qual é o grau de urgência de cada um para que a ordem dos atendimentos seja a mais eficiente? Esse é o papel da triagem, um sistema implantado nas unidades que buscam excelência, como é o caso do Hospital SMH – Beneficência Portuguesa de Petrópolis.

    A triagem classificatória de risco consiste na avaliação do paciente e das queixas apresentadas para que seja feita a organização da “fila” de atendimento. O médico cardiologista, Luís Henrique Sá, responsável pela Urgência do Hospital SMH, explica que se trata de um filtro.

    “Um dos objetivos é não deixar que pacientes graves percam tempo na espera. É um protocolo adotado em grandes redes já identificado como sendo a melhor forma de atuação nas urgências. Permite oferecer atendimento de melhor qualidade, tanto para quem está trabalhando quanto para quem vai ser atendido”, destaca o especialista.

    O procedimento é feito pelo setor de enfermagem e a classificação é dividida em três cores: verde, amarela e vermelha. Para distribuir os pacientes entre elas, o profissional avalia as queixas apresentadas, a complexidade do quadro de saúde ou da doença, além do grau de sofrimento. A idade e a pré-existência de necessidades especiais também são fatores considerados na avaliação.

    Luís Henrique explica que a cor verde na Classificação de Risco indica que a possibilidade de danos graves à saúde é baixa. A cor amarela já sinaliza uma iminência de gravidade, enquanto a vermelha aponta a necessidade de atendimento imediato. O médico cita um caso ocorrido nos últimos meses em que a precisão da intervenção, possibilitada pela triagem, foi decisiva para impedir que o quadro evoluísse para algo bem mais grave.

    “O relato do paciente aliado ao exame físico feito pelo enfermeiro nos fez concluir que o caso era de uma intervenção urgente. Fizemos uma trombólise, procedimento para dissolver um coágulo na artéria que poderia ter levado a um acidente vascular ou até à morte”, lembra o médico.

    O especialista explica ainda como essa metodologia tem reflexo direto no diagnóstico e, consequentemente, na adoção do tratamento correto em tempo hábil para evitar consequências mais sérias.

    “Tivemos seis protocolos atualizados. De AVC, dor torácica, insuficiência cardíaca, síncope, sepse e taquearritmias. Na triagem, já identificamos o paciente que tem algum sinal vital alterado e que o indica como ‘vermelho’ ou ‘amarelo’. Esse reconhecimento rápido é o que faz a diferença. São os protocolos ligados à triagem”, pontua Luís Henrique.

    Segundo o diretor geral do Hospital SMH Beneficência Portuguesa de Petrópolis e neurocirurgião, Valter José Sillero, o protocolo gera um atendimento mais eficiente e humanizado. O diretor executivo operacional, Fernando Baena, acrescenta que a triagem amplia a resolutividade do serviço.

    “A incorporação dos critérios de avaliação de riscos à Urgência leva a um caminho de redução do número de mortes que podem ser evitadas, além de sequelas e internações, como é o nosso objetivo. Sempre iremos avançar nessa direção”, afirma Baena.

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