Petrópolis terá representante na Copa Brasil paralímpica, em dezembro
Apesar de faltar dois meses para a realização da Copa Brasil de Pares e Equipes (Campeonato Brasileiro Individual e Equipes de bocha paralímpica), a expectativa é enorme para o único petropolitano que disputará o título na bocha paralímpica BC-4, no Centro Paralímpico de São Paulo. Para Luíz Felipe da Cruz Silva, o Felipinho, este será um dos maiores desafios como paradesportista.
Há 15 anos praticando a bocha paralímpica, Felipinho é o atleta com maior experiência entre aqueles que formam a Associação Petropolitana de Deficientes Físicos (Apdef). O esporte entrou na sua vida após a professora de educação física, Márcia Campeão, ter sugerido a ele e aos demais que aguardavam para ser atendidos na fisioterapia, que testassem a modalidade.
A partir daí, gostou tanto que chegou até a jogar com o apoio de uma associação em Niterói. Até que Petrópolis começou a se estruturar para acolher a bocha paralímpica como fomento social e esportivo. “Acabei conhecendo a bocha paralímpica por acaso. A Márcia Campeão nos mostrou como se jogava e gostei tanto que estou até hoje praticando”, recordou Felipinho.
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O petropolitano chega à Copa Brasil após herdar a vaga de Renato Faria Júnior, que foi desclassificado para a competição nacional. Isso pouco importa, pois ele está treinando em ritmo acelerado para o evento. Seus aprontos acontecem nas dependências do Centro de Cultura Raul de Leoni, no Centro Histórico, pelo menos três vezes por semana. Além disso, desenvolve um trabalho de preparação física.
O treinador de Felipinho é um velho conhecido do meio do paradesporto: Marcelo Gonçalves, o Marcelão, tem desenvolvido um trabalho físico e técnico com Felipinho desde o início. Para ele, o paratleta local está evoluindo bastante e pode surpreender no final do ano em São Paulo. “Ele vem aprimorando bem a parte técnica. Tenho feito também um trabalho de natação, para que fique bem condicionado para essa competição, que será bem qualificada”, explicou.
Uma das maiores apoiadoras da Apdef, a Superintendência de Esportes fez uma parceria para assegurar a manutenção dos treinos da equipe de bocha paralímpica. Segundo o Superintendente Hingo Hammes, é uma vitória para toda a cidade a permanência da equipe de bocha paralímpica, ao mesmo tempo um orgulho ter Felipinho na disputa de uma competição nacional. “Com muito orgulho a gente resgatou o treinamento e, após um ano, temos o fruto com Felipinho, que se classificou para a Copa Brasil. Espero também que tenhamos outros paratletas. Estamos ajudando para que ele consiga um bom resultado em São Paulo”, finalizou.
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