• Estado do Rio de Janeiro confirmou oito casos de Febre Maculosa desde o início do ano; infectologista explica sobre a doença

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  • 18/06/2023 10:19
    Por Helen Salgado

    Desde o início do ano, dos 40 casos suspeitos de febre maculosa no país, o Estado do Rio de Janeiro confirmou oito casos. Além disso, houve dois óbitos. Dos casos confirmados, três ocorreram no município de Itaperuna, sendo que dois evoluíram a óbito – um em março e o segundo em maio. Os outros cinco casos registrados aconteceram em Nova Iguaçu (dois casos); Angra dos Reis (um caso); Itaocara (um caso); e Natividade (um caso).

    As informações foram confirmadas pela Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ), por meio da Subsecretaria de Vigilância e Atenção Primária à Saúde (SVAPS).

    O que é a febre maculosa

    A febre maculosa é uma doença transmitida pelo carrapato-estrela ou micuim, infectado pela bactéria rickettsia rickettsii. Esse não é o carrapato comum, encontrado geralmente em cachorros. A espécie amblyomma cajennense, transmissora da doença, pode ser encontrada em animais de grande porte, como bois, cavalos, aves domésticas, gambás, coelhos e, especialmente, nas capivaras.

    A febre maculosa é mais comum entre os meses de junho e novembro, período em que predominam as formas jovens do carrapato, conhecidas como micuins. A Região Sudeste do Brasil é considerada endêmica para a febre maculosa, já que na localidade, as taxas de letalidade passam de 50%, de acordo com o Ministério da Saúde.

    Mario Sérgio Ribeiro, superintendente de Vigilância Epidemiológica da SES-RJ, informou que a população deve tomar alguns cuidados caso residam ou visitem áreas endêmicas, como as regiões Serrana, Noroeste e parte do Norte no estado do Rio de Janeiro.

    “Para quem está nessas localidades, recomendamos que evitem caminhar em áreas conhecidamente infestadas por carrapatos e optem por roupas claras. A tonalidade da roupa facilita a identificação da presença do carrapato para que possa ser retirado”, orientou.

    Sintomas

    O Dr. J. Samuel Kierszenbaum, Infectologista da Unimed Petrópolis e Professor do Serviço de Doenças Infecciosas e Parasitárias da Faculdade de Medicina de Petrópolis, explica que os sintomas são febre, mal estar e possíveis lesões no corpo.

    O médico ainda ressalta que, se o indivíduo estiver em locais de risco, como área verde, e apresentar sintomas de um quadro infeccioso entre dois e 14 dias, a pessoa deve procurar rapidamente um médico, podendo ser suspeita de febre maculosa.

    Prevenção

    O infectologista afirma que uma das formas de se prevenir é evitar frequentar locais de vegetação, pisar e sentar na grama, principalmente quando for próximo de lagos e rios para não ter contato com o carrapatos, que são os agentes etiológicos da doença.

    Por fim, o médico ressalta que a doença tem cura e o tratamento é feito com antibiótico específico.

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