• Dia Nacional de Prevenção à Obesidade é comemorado nesta quinta

  • 12/10/2018 08:00

    Os dados da Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção de Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), divulgada em junho deste ano, pelo Ministério da Saúde, apontou que mais da metade dos brasileiros está acima do peso (54%). Outro dado alarmante é que desse percentual (18,9%) são considerados obesos. Além disso, os jovens passaram a integrar o grupo que mais apresentou pessoas obesas – um aumento de (110%) entre 2007 e 2017. O índice é quase o dobro se comparado ao de outras faixas etárias, isso porque o crescimento de indivíduos com sobrepeso entre 45 e 54 anos foi de (45%), entre 55 e 64 anos (26%), e acima dos 65 anos (26%).

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    Diante desse cenário muitas pessoas acabam optando por tentar o emagrecimento “rápido”, e com isso adotam as famosas dietas milagrosas, e as vezes até a ingestão de remédios, normalmente sem acompanhamento médico. Além dos riscos a saúde, a endocrinologista Cristiane Couto alerta para a dificuldade em se manter “magro”, caso o indivíduo consiga perder peso em um primeiro momento. Por isso a importância do processo de emagrecimento supervisionado por um profissional especializado.

    “O emagrecimento definitivo é uma tarefa árdua! Afinal como se manter magro se os adipócitos do corpo ou células de gordura estão programadas geneticamente para serem “obesas”? Estudos mostram que são necessários ao menos 13 meses para manutenção do peso perdido, para que o cérebro entenda que este realmente é o peso atual. Isso acontece porque o ser humano foi gerado para guardar energia em forma de gordura, caso fosse necessário utilizar essa reserva em um período de jejum prolongado. Nos primórdios da humanidade não havia tantas facilidades para encontrar comida como nos dias atuais. Mas com o passar dos séculos começamos a armazenar demais, já que o acesso a comida se tornou muito mais fácil, por não haver necessidade de caçar, e todos os outros hábitos também mudaram. Com isso surgiu a doença obesidade”, explicou.

    O excesso de peso é tão grave que pode causar o desenvolvimento de doenças como o diabetes tipo 2, doenças do coração, pressão alta, artrite, apneia e derrame, entre outras. Portanto o emagrecimento é necessário, mas deve ser feito de maneira consciente.

    “Emagrecimento rápido é ruim em todos os aspectos: gera flacidez, perda muscular e o cérebro fica atordoado fazendo com que você guarde mais gordura para um eventual período de fome e subsistência, que na maioria das vezes não ocorre. O pior é que esse efeito sanfona deixa seu cérebro cada vez mais resistente a este tipo de dieta. Só existe bom resultado com mudança de estilo de vida! Apenas atividade física regular e alimentação equilibrada sustentará o equilíbrio metabólico por tempo indeterminado. Quem poderá promover isso é uma equipe composta por nutricionista, educador físico e endocrinologista”, afirmou.

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