• ISP aponta aumento dos roubos e furtos na cidade

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  • 20/04/2016 11:20

    Petrópolis registrou no primeiro trimestre do ano crescimento do número de roubos, furtos e também de registros de ocorrências nas delegacias da cidade – 105ªDP, no Retiro e, 106ªDP, em Itaipava. De acordo com dados do Instituto de Segurança Pública (ISP) do Rio de Janeiro, houve um aumento de 39,22% de roubos, 15,72% de furtos e 11,34% de registros de ocorrências. Para o delegado Alexandre Ziehe, da 105ªDP, os números acompanham uma tendência que vem acontecendo em todo o estado do Rio de Janeiro.

    Quase todos os índices do ISP apresentaram aumento nesse período. O número de roubos a transeuntes, por exemplo, cresceu 142,86%. Só nos três primeiros meses deste ano foram 34 roubos. No mesmo período do ano passado, 14. Nos últimos dias, as delegacias registraram, por exemplo, roubos a transeuntes em pontos centrais da cidade, como na Praça D. Pedro e na Rua Teresa. 

    Só no mês de março a cidade registrou 12 roubos a transeuntes e mais três roubos a celulares. Outro número que a estatística aponta é o de furto de veículos: foram 37. No trimestre somam 79. Outro número que chama atenção é o de estupros. Nos três primeiros meses do ano foram registrados 16. Apesar de ser expressivo, manteve o índice registrado em 2015. 

    Para Alexandre, a falta de pagamento das horas extras dos policiais dificulta a colocação de mão de obra, tanto no trabalho investigativo, quanto ostensivo. “Estamos em um momento difícil, enfrentando dificuldades financeiras”, destacou. Com isso, a estimativa é que haja aumento também do tráfico de drogas. “Vamos continuar fazendo a nossa parte com muita dedicação dos agentes, mas é difícil combater a criminalidade nessas circunstâncias”, destacou. 

    O comandante do 26º Batalhão de Polícia Militar, Eduardo Castelano, destacou ainda uma diminuição do efetivo de policiais militares desde o mês de novembro do ano passado. Ao todo, são menos 40 agentes por dia nas ruas. Esse contingente era dos homens que atuavam no serviço extraordinário remunerado ou Regime Adicional de Serviço (RAS). “A partir desse mês o estado parou de efetuar o pagamento desse serviço e como não é obrigatório, os policiais pararam de se inscrever”, disse, acrescentando que essa redução é bastante significativa para um efetivo de cerca de 120 policiais militares por dia nas ruas.

    Castelano comentou que esse fator reduziu o poder preventivo que é preponderante no combate a roubos e furtos a transeuntes, que se combate com a presença de agentes nas ruas. Ele lembrou ainda que o número já estava elevado quando chegou no 26ºBPM. 

    Sobre o trabalho, destacou que o primeiro trimestre foi de conhecimento do problema e tratamento para resolução e soluções. “No fim de março adotamos algumas ações que foram primordiais e providenciais para a redução desses números que já ocorrem no mês de abril”, explicou. Uma das medidas tomadas foi a reengenharia no efetivo para otimizar o policiamento a fim de atender melhor e de forma mais eficiente a demanda. “Mudamos escalas de serviços, mobilizamos mais o policiamento empregado nos bairros e principalmente no centro da cidade com um circuito de policiamento e ostensividade, criamos novas formas de policiamento como mais um Patamo, escalamos policiais da administração (expediente interno do quartel) nas ruas todos os dias, entre outras ações como troca do chefe da seção de operações”, relatou. 

    Paralelamente a essas medidas, ele destaca que os problemas financeiros que o país atravessa têm contribuído para o aumento da criminalidade de uma forma geral e que esses números devem continuar crescendo. 

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