Cães podem ter alergia alimentar
Comum em seres humanos, a alergia alimentar é uma doença que também afeta o sistema imunológico dos cães e é desenvolvida pela ingestão de determinados tipos de alimentos. Segundo o drº Luiz Lucarts, médico veterinário e dermatologista do Hospital Veterinário Pet Care, qualquer alimento a que o cão é submetido pode levá-lo a desenvolver o problema. “Carne bovina, ovina, suína, peixes, aves, leite, ovos, entre outros, que contêm elementos como proteínas, carboidratos, lipoproteínas e glicoproteínas, são capazes de desencadear fortes reações alérgicas no animal,” explica o especialista.
Além desses alimentos, alguns produtos de origem vegetal ou que contenham corantes artificiais, conservantes e aromatizantes também estão relacionados. Embora não haja uma predisposição racial definida, raças como Golden Retrivier, Shar Pei, West Highland White Terrier, Boxer e Lhasa Apso estão entre as que possuem maior tendência em desenvolver a doença.
Sintomas e diagnóstico por meio de dieta especial
Geralmente, o principal sintoma da alergia alimentar é o prurido (coceira), que, na maioria das vezes, não fica totalmente evidente no pet. “Este prurido pode se manifestar como otites frequentes, que são as inflamações no ouvido, ou até mesmo pela lambedura insistente das patas,” afirma o veterinário.
Existem vários tipos de dietas especiais para cães que desenvolvem a patologia, porém, cada caso deve ser avaliado individualmente pelo veterinário por apresentar um histórico alimentar distinto. O diagnóstico pode ser feito por meio de uma dieta caseira ou dieta hipoalergênica. “A dieta deverá ser realizada de 8 a 12 semanas. Havendo a melhora do quadro, o animal é submetido gradativamente à sua antiga alimentação para que o veterinário consiga descobrir qual ingrediente é, de fato, o responsável pela alergia,” finaliza o especialista.