• Notícias do corpo: rabdomiólise

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  • 28/05/2023 08:00
    Por Prof. Luiz Carlos Moraes

    Não são poucos os corredores (as) que fazem treinos extenuantes muitas vezes por semana “achando” que essa prática vai fazer deles atletas melhores. Até os melhores do mundo, que são os quenianos, treinam forte apenas duas vezes por semana. Nos outros quatro treinos fazem o que eles chamam de “treino fácil”. Pois bem.

    Um dos problemas que treinos fortes podem causar é a Rabdomiólise. Que nome feio, heim! Essa patologia vem de (rabdo – estriada), (mio – musculatura) e (lise – destruição). Isso mesmo. Destruição da musculatura estriada causada por excesso de treinos de alta intensidade e impacto. Também pode ser causada por consumo de drogas ou medicamentos, cujos efeitos colaterais causam dores nas pernas, infecções e acidentes que provocam esmagamento de músculos.

    No caso da atividade física de alta intensidade sem devida orientação (corrida, musculação, CrossFit, ciclismo entre outras), pode provocar destruição das células musculares e liberação das substâncias intracelulares na corrente sanguínea. A gravidade pode ser a insuficiência renal, necessitando de hidratação venosa com internação hospitalar.

    O diagnóstico é dado pelo exame de sangue pela quantidade de CPK (creatina fosfato quinase), uma proteína que fica dentro das células musculares e quando rompidas se espalham na corrente sanguínea. Lembram das nossas baterias de energia que são as mitocôndrias e o ATP? Pois bem. A CPK participa do ciclo de recuperação do ATP quando o treino é executado na medida certa. No exame de sangue valores da CPK de 500 a 1000 U/L são usados para definir rabdomiólise. Se acompanhados por outros sintomas, como sangue na urina e dores nas pernas fora do comum. Portanto, treinar forte de vez em quando é bom. Em excesso pode levá-lo a uma internação hospitalar.

    Literatura Sugerida: LOPES, Gustavo C.; DA COSTA, Luciane P. Rabdomiólise induzida pelo exercício: biomarcadores, mecanismos fisiopatológicos e possibilidades terapêuticas. Revista Hospital Universitário Pedro Ernesto (2013).

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