Lula encerra dia no G-7 com jantar de líderes após cinco reuniões e dois painéis de discussão
O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, encerrou sua agenda deste sábado, 20, na cúpula do G-7 em Hiroshima, com um jantar promovido pela organização a todos os chefes de governo. O dia foi marcado por cinco reuniões e dois painéis de discussão.
Na primeira plenária, Lula evitou fazer qualquer menção à Rússia e defendeu ser preciso derrubar mitos, mudar mentalidades e abandonar “paradigmas que ruíram” para o enfrentamento das crises mundiais, incluindo a guerra na Ucrânia.
Citando diretamente a Argentina, Lula ainda pediu que o Fundo Monetário Internacional (FMI) considere as consequências de suas ações.
Em outro discurso, o presidente fez uma cobrança pública aos países ricos para que cumpram a promessa de financiar o combate às mudanças climáticas.
Lula resiste a atender ao pedido do presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, por um encontro reservado durante a cúpula do G-7, em Hiroshima. O ucraniano já está na cidade-sede do evento e participará das reuniões de domingo, 21.
Mesmo com uma solicitação formal de Zelenski, Lula encaixou na extensa agenda uma reunião bilateral com o premiê de Ilhas Comores, Azali Assoumani, que está à frente da União Africana.
Avesso à ideia de tomar lado na guerra, o petista quer manter a posição atual do Brasil, chamada pelo governo de neutralidade, e se aliou à Indonésia para frear as investidas dos países ocidentais, que insistem em críticas à Rússia também pelos países em desenvolvimento presentes ao encontro.
Presidente se reuniu com chanceler alemão
Durante o dia com extensa agenda de reuniões bilaterais, Lula também se reuniu com o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz e conversou sobre “a retomada das reuniões em nível governamental entre os ministros dos dois países, que deve acontecer no segundo semestre”.
As reuniões de hoje foram as seguintes:
Primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, quando foi anunciada a disposição do país asiático em isentar os brasileiros de visto.
Presidente da Indonésia, Joko Widodo, que se aliou a Lula na postura de “neutralidade” na guerra com a Ucrânia.
Diretora-geral do FMI, Kristalina Georgieva, a quem Lula cobrou alívio nas pressões sobre a Argentina, que enfrenta grave crise financeira;
Presidente da França, Emmanuel Macron.
Primeiro-ministro da Alemanha, Olaf Scholz.