• Linhas de ônibus têm realizado até três trajetos diferentes em Petrópolis

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  • 17/05/2023 11:57
    Por Helen Salgado

    Usuários do transporte público em Petrópolis já sofrem com o serviço ineficiente oferecido pelas empresas, no entanto, de alguns anos pra cá, a situação tem piorado. As reclamações vão da escassez de veículos, a não cumprimento de horários das viagens. A escassez de carros, inclusive, foi agravada após incêndio que atingiu a garagem das empresas Petro Ita e Cascatinha, como relatam moradores de diferentes localidades da cidade: um mesmo ônibus tendo que atender duas ou até três linhas diferentes.

    O problema atinge, sobretudo, os passageiros que agora precisam aguardar por muito mais tempo a chegada do coletivo. Os moradores do Morin, por exemplo, relatam que o ônibus Lagoinha – 429, passou a atender também a rua Pedro Ivo – que contava com dois microônibus (Alto Pedro Ivo – 462) e um ônibus (Pedro Ivo – 431), e após o incêndio na garagem da Petro Ita, passou a contar com apenas um micro (linha – 462), além de outro microônibus que opera a linha Roncoroni – 464.

    Já no Alto da Serra, o coletivo da Rua Dom João Braga atende, além da Rua Dom João Braga, a Praça Catulo e a Rua Euclides da Cunha.

    Embora os trajetos tenham aumentado, o número de viagens e horários dos ônibus não foi ampliado. Eva Guerra é moradora da Rua Dom João Braga, no Alto da Serra. Ela relata que já fizeram até manifestação na rua reivindicando melhorias no transporte no bairro, mas que, até o momento, nada foi resolvido.

    Leia também: Moradores da Rua Dom João Braga, no Alto da Serra, fazem manifestação reivindicando melhorias no ônibus da região

    Ela lembra, ainda, que depois que a garagem da Petro Ita e Cascatinha pegou fogo, na última terça-feira (9), o ônibus da Rua Dom João Braga não tem ido até o local para realizar o embarque dos passageiros. Dessa forma, os moradores ficam a mercê do transporte público.

    Leia também: Cenário de destruição: incêndio atinge garagem da Petro Ita e Cascatinha e destrói parte da frota

    “Ele vem aqui ‘quando ele quer’. Anteontem teve ônibus e ontem não teve ônibus hora nenhuma aqui. As pessoas precisam descer e parar lá no Pronto Socorro para pegar o ônibus”, conta.

    Como consequência, os trabalhadores chegam atrasados em seus trabalhos e compromissos. “Está muito difícil mesmo”, desabafa.

    Nesta quarta-feira (17), Eva conta que o coletivo da Rua Dom João Braga também não atendeu o bairro. “Fiquei sabendo que hoje não tem ônibus porque está quebrado. Ontem já não teve ônibus hora nenhuma e hoje a mesma coisa”, relata.

    A moradora esteve com uma senhora, no ponto final do ônibus, que estava no aguardo do veículo para ir ao Centro pegar remédios que consegue de forma gratuita. Já de idade, a senhora temia não conseguir os medicamentos gratuitamente pela falta do transporte público. “Como não tem ônibus, ela vai ser obrigada a pagar o remédio. É um absurdo o que está acontecendo”, diz.

    Precariedade dos ônibus

    Além de precisar lidar com a falta e a demora dos ônibus, há ainda a preocupação com a segurança dos coletivos, já que os veículos quebram com frequência. Passageiros do ônibus Lagoinha, no Morin, relataram também que recentemente o coletivo da viação Master, que tem operado na linha 429 – estava sem uma das janelas. O fato coloca em risco a segurança dos passageiros, principalmente das crianças que embarcam no veículo.

    Leia também: Moradores do Morin continuam sofrendo com precariedade dos ônibus

    Procurado, o Sindicato das Empresas de Transporte Rodoviário de Petrópolis (Setranspetro) não deu retorno sobre as situações mencionadas na matéria.

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