• Assistência psicossocial aos atingidos por tragédias socioambientais será garantida por Lei Municipal

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  • Projeto que prevê a assistência psicossocial aos atingidos por tragédias, como a de 2022, foi sancionado pelo governo municipal e publicado em Diário Oficial

    16/05/2023 15:49
    Por Redação/Tribuna de Petrópolis

    Em fevereiro e março do último ano, mais de 240 pessoas morreram durante o maior desastre socioambiental da história de Petrópolis. Além de centenas de mortes, diversas famílias passaram e ainda passam, a nível físico e emocional, pelos desdobramentos da tragédia. Este ano, um projeto que prevê a assistência psicossocial aos atingidos por tragédias, como a de 2022, foi sancionado pelo governo municipal e publicado em Diário Oficial.

    Intitulado como Plano Municipal de Saúde Mental e Assistência Psicossocial aos Sobreviventes de Desastres Socioambientais, o projeto, das vereadoras Júlia Casamasso (Coletiva Feminista Popular) e Gilda Beatriz, foi fundamentado na Lei Orgânica Municipal (art. 137, §5º), que estabelece que “o Município implantará política de atenção à Saúde Mental”, com ênfase à abordagem multiprofissional, bem como à atenção extra-hospitalar e ao grupo familiar, além de ampla informação aos usuários, familiares e à sociedade organizada, sobre os métodos de tratamento a serem utilizados.

    “A tragédia ocorreu há um ano. Como está a saúde mental de quem perdeu tudo, não só os próprios bens materiais, mas a família, a mãe, o pai, filhas, filhos, amigos? De onde essas pessoas tiram forças para se reerguer e continuar participando da vida em sociedade? Certamente muitas delas precisam de ajuda e esse plano precisa ser posto em prática o mais rápido possível.”, diz Júlia Casamasso. A vereadora também ressaltou que a Câmara está em diálogo com o executivo municipal para entender como a lei, que agora é um direito garantido pelo município, será aplicada.

    “A saúde mental da população é uma das principais preocupações que nós temos. O município, por sua vez, tem papel relevante neste tratamento, identificando sintomas, acompanhando e oferecendo possibilidades de recuperação aos que necessitem. Essa Lei irá desenvolver estruturas de atenção à saúde mental e informar como acessá-las. Não podemos negligenciar o enfrentamento dessa doença.”, ressalta Gilda Beatriz.

    “Essa foi a maior e pior tragédia, mas as enchentes infelizmente não são novidade na nossa cidade. Foi desesperador em 88. Foi desesperador em 2011, quando o Vale do Cuiabá foi atingido por uma tromba d’água. São traumas muito profundos e o poder público precisa se responsabilizar pela saúde mental de todas essas pessoas que constroem a vida da cidade”, comenta Cristina Moura, integrante da Coletiva Feminista Popular.

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