• Paralisação de motoristas de app tem baixa adesão, mas usuários relatam preços mais altos

  • Continua após o anúncio
  • Continua após o anúncio
  • 15/05/2023 12:31
    Por Wesley Gonsalves / Estadão

    A paralisação nacional dos motoristas de aplicativos de transporte convocada para esta segunda-feira, 15, pegou de surpresa alguns usuários de serviços como Uber e 99. Nas redes sociais, consumidores relatam que foram surpreendidos com os preços mais altos para as viagens ao tentar solicitar o transporte. Mas não há uma queixa generalizada: apesar de alguns relatos, a adesão ao movimento foi abaixo do esperado e o serviço em diversas cidades do País segue operando normalmente.

    A paralisação foi organizada por entidades como a Federação dos Motoristas de Aplicativos do Brasil (Fembrapp) e pela Associação dos Motoristas de Aplicativos de São Paulo (Amasp).

    Conforme divulgado, por 24 horas, os trabalhadores devem protestar contra a defasagem dos repasses do valor da corrida pelas empresas. Uma das demandas dos motoristas é que as empresas estipulem um valor mínimo de corrida para R$ 10. A expectativa era de que a adesão chegasse a 70% da classe em todo o País.

    Eduardo Lima de Souza, presidente da Amasp e diretor da Fembrapp, informou ao Estadão que, até o momento, as empresas de transporte por aplicativo não se manifestaram sobre as demandas dos motoristas.

    O representante diz ser difícil cravar números sobre a adesão ao movimento, mas diz que as corridas a preços dinâmicos – quando há mais solicitações do que carros disponíveis – teriam disparado na cidade de São Paulo, o que demonstraria uma boa adesão por parte dos trabalhadores. “Juntando todos os relatos, eu creio que a paralisação está dando muito certo, mesmo com alguns motoristas trabalhando”, diz.

    Um levantamento da Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec) aponta que o País tem pelo menos 1,66 milhão de brasileiros trabalham, atualmente, como entregadores ou motoristas de aplicativos no Brasil.

    Em nota, a Amobitec declarou que “respeita o direito de manifestação” dos motoristas. “As empresas associadas mantêm abertos seus canais de comunicação com os motoristas parceiros, reafirmando a disposição para o diálogo contínuo, de forma a aprimorar a experiência de todos nas plataformas”, afirmou a entidade.

    Últimas