• MP-GO afirma que Victor Ramos aceitou R$ 100 mil, mas Chapecoense vai aguardar julgamento

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  • 10/05/2023 19:59
    Por Estadão

    A operação ‘Penalidade Máxima II’, que investiga a manipulação de resultados no futebol brasileiro, vem tendo novos desdobramentos com vários jogadores afastados. Um dos jogadores investigados é o zagueiro Victor Ramos, da Chapecoense. Em abril, ele foi alvo da operação e, nesta semana, o Ministério Público de Goiás (MP-GO) deu mais detalhes sobre a investigação. Apesar disso, a direção do clube emitiu nota oficial, no qual avisa que vai aguardar ‘efetivamente o julgamento do órgão competente’.

    O envolvimento do jogador teria sido quando ele ainda defendia a Portuguesa. Victor Ramos aceitou receber R$ 100 mil para cometer um pênalti na partida contra o Guarani. Entretanto, o zagueiro não recebeu o valor, pois as apostas não foram efetuadas. Isso porque os denunciados tiveram dificuldades para encontrar outras apostas combinadas. Ele também não cometeu pênalti na partida, que terminou com vitória do Guarani, por 2 a 1, em Campinas.

    A denúncia também divulgou prints das conversas entre Victor Ramos e Pedro Gama dos Santos Júnior, intermediário nas negociações. As conversas foram localizadas no aparelho de Victor Ramos, apreendido pela polícia em abril.

    “Irmão, são R$ 100 mil. É grana, pô, fora o que você for fazer ainda com o Neto. Aí, você dando o OK, ele já me entrega amanhã a metade. E já te entrego”, explicou Pedro Gama em trecho da conversa. Em outro ponto, Victor Ramos aparece cobrando Pedro Gama. “Veja meu dinheiro aí, me ajude aí, cara, na boa mesmo. Segunda-feira, pô, e hoje é quarta já. Você recebeu, era para me passar”, escreveu.

    O MP requereu ainda que seja fixado o valor mínimo de R$ 2 milhões para reparar os danos morais coletivos causados pelos denunciados. O valor deverá ser atribuído globalmente, de forma solidária, a todos os réus, considerando-se os fatos elementos já colhidos ao longo da investigação, bem como aqueles que serão trazidos durante a instrução processual.

    O parâmetro utilizado para a definição do valor refere-se a uma das expectativas de lucro do grupo criminoso com a utilização de dezenas de contas que foram empregadas nas apostas manipuladas descritas na denúncia.

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