Onde queremos chegar? 1ª parte
Observemo-nos sempre, analisemo-nos, não permitamos que a vida tumultue nossa cabeça. Raciocinemos, ponderemos, busquemos os caminhos de mais verdades, amor e paz. Pensemos aonde queremos chegar em nossa vida, em como vamos atingir a velhice, de que maneira? Sozinhos, com amigos, pacificando sempre, alimentando o mal ainda instalado em nós ou buscando algo de melhor? Iremos afastar-nos de nossa comunidade familiar ou conseguir vivenciar com ela até o final dos nossos dias? Lembremo-nos de que vale a pena viver em família, vale a pena ultrapassar os momentos difíceis!
Sim, porque toda convivência familiar tem processos difíceis, pois são as criaturas com as quais precisamos estar mais próximos, a nos entendermos e aprendermos a amar, exterminando as possíveis rivalidades do passado. Tudo isso, irmãos, temos que pensar para saber aonde queremos chegar nessa encarnação.
Queremos chegar a casar, ter filhos, netos, acompanhar o crescimento de todos, formar aquele retrato bonito de família, mas que não seja apenas uma retratação, digamos, fotográfica, mas, sim, uma exteriorização carinhosa entre almas amigas que se escoram nos momentos difíceis, que conseguem vencer etapas, tendo a oportunidade de construir o melhor a todos. A vida familiar é uma das realizações mais perfeitas do Pai, uma das mais amplas e perfeitas oportunidades na construção e aperfeiçoamento das naturezas e nós viemos a efetivar tudo isto, construir o melhor como Espíritos eternos.
Não adianta você se casar e daqui a pouco dizer: – Ah! Eu não gostei! Não gosto desta vida, não gosto dele ou dela, porque têm coisas que não aceito.
Amigos, a vida não é um jogo, o casamento não é uma cartada que se desfaça sem deixarmos sofrimentos e tristezas nos desenlaces. A união entre almas é algo a ser encarada com seriedade, é um caminho construído a dois e aos descendentes que precisa ser firmado através de uma construção amiga, buscada no entendimento, na compreensão e, acima de tudo, no constante diálogo.
Não podemos deixar nada por trás de uma porta que se fecha. Esquivarmo-nos e chorar, não conseguindo colocar sentimentos e objetivos para fora, não conseguindo conversar sem procurar um entendimento, esta união não expressará um casamento, pois não estará alcançando seus objetivos maiores!
Todo relacionamento tem de ser travado com bases na amizade, no entendimento e no respeito. As paixões são efêmeras, mas o amor verdadeiro não e é esse amor que precisa ser agregado a nós, principalmente nessa esfera onde a amizade precisa ser solidificada.
Como se solidifica uma amizade? Somente construindo nos caminhos difíceis e nas lutas, nos momentos alegres, como nas confraternizações, os elos mais fortes. Precisamos desses momentos alegres, necessitamos das conversas e dos diálogos abertos e íntimos.
A maioria não tem coragem de perguntar aos que conjugam a vida familiar, por exemplo, e àqueles que estão ao seu lado:
– Como você me vê? Como eu vejo você? Conseguem perguntar isto uns aos outros?
São nesses momentos que nós formaremos a amizade universal e daí a parceria espiritual.
Viemos à encarnação para isto! Não é para ficar trocando de esposa, de esposo ou para querermos achar algum valor material na vida carnal. Não, vamos achar, temos que descobrir o diamante que está dentro de cada um de nós, porque, por enquanto, somos carvão, pedras brutas que precisam de aprimoramento e esse aprimoramento e lapidação têm que ser construídos na força de vontade, na persistência e no entendimento.