Muro ao lado de rio está descalçando na Coronel Veiga; moradores afirmam que problema surgiu após dragagem
Na Rua Coronel Veiga, um trabalho de dragagem foi necessário para a retirada dos sedimentos do fundo do rio. No entanto, na altura do número 1.066, ao lado da Rua José Hammes, houve um problema, já que o muro que fica ao lado do rio está descalçando e moradores afirmam que tudo foi causado por conta das máquinas que passavam pelo local.
Em março, a Defesa Civil foi acionada para realizar uma vistoria emergencial na área e concluiu que o muro estava com “graves problemas estruturais, rachaduras e em processo de deslocamento em direção à calha do rio.” A secretaria avaliou que existia a urgência de intervenções no local, por conta do risco causado pelo descalçamento, podendo culminar na “queda e, consequentemente, bloqueio da calha do rio, além do afundamento das áreas construídas”. Após a ocorrência, o caso foi encaminhado para a Secretaria de Obras para análise.
“Quando começou a dragagem nós achamos bom, mas quando foi chegando aqui nessa área, nós dissemos que o Inea nunca havia dragado aqui, justamente para não descalçar o muro. Nisso, os responsáveis pela obra disseram que era para ‘laminar tudo’. Todo o calçamento do muro foi tirado e jogado para o outro lado. Quando caiu um pedaço do muro, a Defesa Civil esteve aqui e disse que a estrutura poderia ser ainda mais abalada”, conta Adriana Lucchetti, que reside na região.
Adriana, então, procurou a Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro, que requisitou, no dia 12 de abril, que ocorresse a análise técnica do perímetro, sendo avaliado se o processo de dragagem estaria afetando as residências que ficam às margens do rio e uma visita técnica com emissão de laudo apontando quais obras são necessárias para que o imóvel de Adriana não seja afetado. Na última sexta-feira (28), a Secretaria de Obras solicitou o prazo de 20 dias para atender a solicitação, informando que o pedido não pode ser atendido no prazo por conta da “elevadíssima demanda dos departamentos técnicos da secretaria”.
Procurada pela Tribuna, a Secretaria de Obras afirmou que o trabalho de limpeza do rio apenas retira a terra depositada no leito e conclui dizendo que “quando o proprietário constrói um muro sobre uma base instável, pode haver o descalçamento”.