• Mendonça: Corrupção deveria ser combatida com ‘transparência e vontade pública de prevenir’

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  • 28/04/2023 17:36
    Por Pepita Ortega / Estadão

    O ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal, questionou nesta sexta-feira, 28, o fato de se pensar que ‘corrupção se combate com a sanção’, quando os países que são mais bem-sucedidos nesta área dão ênfase à prevenção e à transparência.

    O ministro defendeu o que chamou de ‘pilares de um sistema nacional de integridade’: ‘vontade pública de prevenir e combater a corrupção; setor público competente, objetivo e imparcial; parlamento ativo; partidos políticos fortes; responsabilidade fiscal; poder judiciário independente e imparcial; instituições de estado independentes; imprensa livre e seria; participação social; setor empresarial e sociedade civil honesta’.

    Mendonça participou nesta sexta-feira, 28, do evento ‘A evolução das políticas de integridade e dos métodos consensuais para solução de controvérsias’, na Universidade Presbiteriana Mackenzie em São Paulo. Diante de numerosa plateia formada de estudantes, o ministro defendeu que todos auxiliem na construção do citado sistema de integridade.

    Com relação a sua atuação no Supremo Tribunal Federal, o ministro afirmou que entrou em seu gabinete na Corte máxima duas horas antes de sua posse. Ele disse que, na ocasião, afirmou à sua família: “Talvez a sensação comum seja de poder, mas o que sinto hoje é dever”.

    Mendonça afirmou que ‘espera contribuir’ com os demais integrantes da Corte com a ‘independência e harmonia entre os poderes’. “Eu acredito e defendo a pacificação”, afirmou ao ex-presidente Michel Temer, que também participou do evento. “Nós vivemos momentos no País onde divisões de opiniões por vezes se exageram, por vezes até caminham para uma tipificação, mas também acredito que a solução passa pela pacificação”.

    O ministro diz ter ‘procurado, de forma discreta, contribuir para uma equalização, que chegue a um patamar de consolidação dos ideais da Constituição’. “Tenho certeza que todos nós em alguma medida temos muito mais em comum do que divergências”, indicou.

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