• Real contra-ataca acusações do Barcelona de favorecimento durante ditadura de Franco

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  • 17/04/2023 23:24
    Por Estadão

    A rivalidade entre Real Madrid e Barcelona não tem fim. E ganhou mais um capítulo, nesta segunda-feira, depois que o clube da capital espanhola rebateu as acusações do presidente catalão, Joan Laporta, de que o time merengue teria sido favorecido durante a ditadura de Francisco Franco entre os anos de 1936 e 1975.

    “É um clube favorecido por decisões arbitrais historicamente e na atualidade. Um clube que foi considerado um time do regime”, disse o dirigente do clube da Catalunha.

    O Real Madrid contra-atacou ao editar um vídeo no qual utilizou imagens da inauguração do Estádio Camp Nou, em 1957, com a presença de José Solís Ruiz, um ministro de Franco. Na edição também é citado que o ditador foi nomeado sócio de honra, além de receber do clube a Insígnia de Ouro e Brilhantes.

    Segundo as imagens, Franco, que teria livrado o Barcelona da falência em três oportunidades, foi condecorado três vezes pelo clube.

    Durante a ditadura, o Real citou que ficou 15 anos sem ganhar um Campeonato Espanhol, enquanto o Barcelona faturou oito títulos nacionais e nove Copas dos Rei. Além disso, o time madrilenho relembrou que teve jogadores mortos, exilados e presos durante a Guerra Civil (1936 a 1939).

    Joan Laporta concedeu pela primeira vez, nesta segunda-feira, uma coletiva de imprensa para falar sobre o Caso Negreira. Durante o encontro com jornalistas, ele expôs as conclusões de uma investigação interna para apurar as acusações de que, entre 2001 e 2018, o clube catalão teria feito 7,3 milhões de euros em pagamentos ao ex-vice-presidente da Comissão de Arbitragem da Espanha, José María Enríquez Negreira, para obter vantagens desportivas.

    Fiel ao argumento utilizado desde que a denúncia veio à tona, Laporta reforçou a versão de que o clube fez, sim, transferências para a empresa de Negreira, mas como forma de pagamento pela contratação de serviços de “relatórios técnicos” e não como ato de corrupção. Também intensificou o discurso de que há uma “campanha difamatória” contra o clube.

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