Petrópolis está sem ‘rabecão’ para recolher corpo
A falta do chamado de “rabecão”,como é conhecido o veículo destinado ao transporte de cadáveres, em Petrópolis, é um problema que tem causado revolta, principalmente entre parentes de pessoas falecidos e que precisam desse serviço para remover os corpos. O Corpo de Bombeiros Militar, que é o único órgão a operar o “rabecão”, informou que a situação é temporária e que um novo veículo chega ao município nos próximos dias.
Além de terem que passar pela perda de um parente ou amigo, de forma trágica, os petropolitanos têm tido que esperar, na maioria das vezes, muitas horas para remover o corpo do falecido. Com a faltado carro do rabecão no 15º Grupamento de Bombeiros Militar (GBM) de Petrópolis, um veículo de Teresópolis tem sido usado para realizar o serviço na cidade. Segundo informações, o carro que atendia o município está quebrado.
Na última semana, a comerciante Maria das Graças Carvalho, de 53 anos, foi brutalmente assassinada na manhã do dia 31. Após ser assaltada, a mulher levou nove facadas. O corpo da vítima ficou cerca de sete horas no local esperando o rabecão, que vinha de Teresópolis. No dia 8 de agosto, Orlando Montes, de 69 anos,foi encontrado morto na Rua Presidente Goulart, Valparaíso,o corpo do homem, que apresentou morte natural, precisou passar por perícia e ficou cerca de 12h no local aguardando a retirada.
“Foi duro vê-lo por tanto tempo aqui, jogado, devido a essa situação. Ficamos todos chocados”, diz dona de casa Damiana de Oliveira, de 65 anos, amiga de Orlando.
O Corpo de Bombeiros Militar do Rio de Janeiro, por meio de nota, informou que, nos próximos dias, Petrópolis receberá um novo rabecão. A corporação adquiriu 25 novas viaturas para o Estado do Rio e está em processo de distribuição dos veículos. A nota acrescenta que por conta de um problema pontual, Petrópolis não ficou desguarnecida, sendo atendida, temporariamente, por uma viatura de Teresópolis.