• À espera da misericórdia II

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  • 15/04/2016 12:00

    Lembrando de épocas pas­sadas, quando almas rudes se impunham com armas e atos de torturas e sofrimentos, vemos, hoje, a reprodução dos tempos da Inquisição e dos tormentos a irmãos, pois, se cada povo tem suas percepções e contin­gências intelectuais, humanas ou espirituais, irmãos com ou­tras têmperas devem ser respeita­dos, apenas se comportando com maior galhardia em pos­tura humanística, a não pro­moverem mais os distúrbios ini­ciados por almas em demên­cias espirituais ou fanatismos. 

    Se os povos não souberem observar as características pró­prias uns dos outros, e todos se conduzirem nas mesmas pautas dos menos favorecidos ou dos mais litigiosos, a hu­manidade inteira sofrerá este não discernimento, trazendo consequências funestas e des­truidoras a toda a esfera. 

    Pungentes as cenas que ve­mos por toda a esfera, não só nas guerras entre países e irmãos, como nas lutas e distúr­bios sociais que se originam nas respostas das almas sofridas e mal amadas, de irmãos que se projetam contra uma sociedade e seu sistema, de Espíritos em conturbações espirituais e en­volvimentos viciosos. 

    Tudo isto, irmãos, todo este quadro de sangue, lágrimas e terror nos envolvem, trazendo almas a pedirem a cle­mência do Pai, a misericordi­osa luz a tentar iluminar as mentes que estão envolvidas por fortes condicionamentos de poder e liderança. Todo esse rodamoinho, em que as almas estão envolvidas, seja por estarem nos campos de luta ou por presenciarem acontecimentos sem condição de atuação, tudo isto nos traz a momentos de tristeza e dor, a lançarmos um grito de so­corro, de misericórdia a Deus, a Jesus nosso Mentor Espiri­tual, pedindo a complacência e a ajuda dos irmãos superio­res a intuir essas almas em de­salinhos espirituais, nos faz pedir a caridade de acolher as almas que partem em desco­nhecimento mesmo do que são, nos faz orar a Deus e nos unirmos num só apelo às al­mas benditas a trazerem mais luz e entendimento, paz e equilíbrio a este mundo.

    Quantos de nós partimos do mundo espiritual, ansiando vivenciar em campos de maior entendimento e paz! Quantas almas buscam esta paz em seus lares e na sociedade em que vivem, tentando alicerçar melhor sua vida entre palcos de conforto, segurança e amor, e quanto de distúrbios presenciam e as envolvem no seu dia-a-dia, conturbando, ainda mais, os seus caminhos e dificultando o entrelaçamento com todos ao redor!

    O mundo clama por paz e entendimento, tentando alicerçar os valores que, nós mesmos, em outras vidas, não conseguimos perceber e valorizar. Sim, porque nós, como Espíritos em vivenciações inúmeras, percorremos as necessárias encarnações, buscando aprender as verdades maiores, sentimentos altruístas, respeito às naturezas e alinhamento a nossas almas. Sendo assim, todos somos os responsáveis por tudo o que está acontecendo, hoje, nesta esfera. Na verdade, não somos vítimas de ninguém e, sim, de nós mesmos.

    Quando nos referimos àquilo que “outros fazem”, nos esquecemos de que nós, em algum momento do passado, também podemos ter contribuído para que, nesta atualidade, os efeitos do que fizemos no pretérito, se repercuta a nós mesmos e aos que nos acompanharam naquela época. Não somos vítimas de nada nem de ninguém, mas sim, sentimos, hoje, o que causamos no passado.  

    Os sofrimentos e dores, angústias e tristezas alcançam a todos e só nos resta pedir ao coração misericor­dioso da Virgem Maria alcan­ce o coração de cada mãe em desespero, de cada filho em sofrimento, de cada irmão que se encontra sob a impo­sição de armas ou nelas se apoiando, a criar, para si e para todos, maiores tormentos. 

    Pai, ampare e ajude para que cada um de nós, na livre consciência de nossos atos, pos­sa enviar nossas preces fervo­rosas a formarem uma corrente de paz, compreensão e amor!


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