Noite de Luzes
A Casa de Cláudio de Souza foi palco ao entardecer do último sábado, vinte e cinco, de uma festividade que deixará certamente boas recordações para todos os que ali se encontravam.
Também, para os integrantes das duas entidades que promoveram o evento, as Academias Petropolitanas de Letras e Petropolitana de Educação.
Mas há que perguntar aqueles que não tiveram a oportunidade de comparecer, justamente como ocorreu com um estimado amigo e que por isso mesmo acabou por me indagar no tocante a tal atividade.
Diante da curiosidade, fiz questão de lhe detalhar a respeito do especial momento que marcou o lançamento de uma primorosa obra – ‘’Crônicas para leitores Crônicos’’, de autoria de Carmen Felicetti.
Disse-me ele, em resposta: ‘’Conhecia-a, foi professora de meu filho’’.
Eu aduzi informando-lhe, ainda mais, que além de professora foi a primeira vereadora que elegeu-se à Câmara Municipal de Petrópolis, acadêmica das mais queridas e apreciadas nas rodas da literatura de nossa cidade.
Completei, então, esclarecendo que a solenidade fôra ímpar, já que contou com grande presença de familiares, amigos, ex-alunos, bem como de um seleto grupo de intelectuais que apreciam a boa leitura, presentes, outrossim, acadêmicos e acadêmicas integrantes das diversas instituições literárias sediadas em nossa cidade.
A conversa com o amigo foi-se prolongando e eu, por minha vez, decidi relatar todo o ocorrido ante o anseio demonstrado pelo mesmo.
Assim é que Carmen Felicetti foi saudada pelos ilustres presidentes Leandro Garcia, da Academia Petropolitana de Letras e Ataualpa Pereira Filho, da Academia Petropolitana de Educação.
O acadêmico Fernando Costa, atuando como relações públicas.
Durante a festividade a consignar que os presentes permaneceram absolutamente atentos em decorrência das emocionadas palavras proferidas pelos oradores, vez que o mestre Ataualpa alongando-se um pouco mais em sua preleção, acabou que em determinados momentos, não contendo a emoção, quase chegando às lágrimas.
Palmas e mais palmas foram ouvidas durante sua fala e Carmen, extremamente emocionada, sem dúvida agradecida aos dois presidentes.
Muitos fatores colaboraram para que o evento tivesse marcante significado não só para com relação a homenageada, autora da obra que veio a lume, mas, também, para com o seleto grupo de pessoas que compareceram às dependências da Casa de Cláudio de Souza.
Permito-me ressaltar, por questão de mérito e competência literária esmerada, no tocante à figura da professora e revisora Leila Seabra que, ao final do inesquecível encontro, fez a leitura da parte final do texto que integra uma das orelhas da notável obra, como se segue:
‘’ Há pessoas que nos falam e nem as escutamos; há pessoas que nos ferem e nem cicatrizes deixam, mas há pessoas que simplesmente aparecem em nossas vidas e nos marcam para sempre”.
Palmas e mais palmas!
A homenageada com a mão junto ao coração irradiando, ao mesmo tempo, contentamento, gratidão e tudo o mais que gostaria de exprimir traída, entretanto, pela forte emoção que lhe tomou conta.
A festa foi seguida por abraços e dedicatórias.
Por tudo o que senti e ouvi, também em decorrência da leitura levada a cabo pela mencionada professora, só nos resta deixar aqui consignado que suas marcas, – Carmen Felicetti – sua personalidade, sua amizade e tantas outras virtudes que ornam sua pessoa, nunca serão apagadas dos nossos pensamentos, da nossa memória, enfatizando mais uma vez quanto ao respeito e carinho que lhe fazemos dedicar, já que sempre soube agir durante sua invejável trajetória com dignidade honrando, com competência, todos os espaços em que sua presença fez-se indispensável.
Termino estas modestas palavras louvando-me no grande médico e acadêmico Jorge Ferreira Machado, quando ao comentar sobre uma posse ocorrida na APL, assim se manifestou:
‘’ O poeta, se não fosse ousado de minha parte tentar parafrasear Afrânio, confere felicidade. Faz a sociedade sorrir. A Academia Petropolitana de Letras recebeu, em seu seio, mais um poeta. Está feliz. Sorri’’.
Nós outros, presentes a bela festividade, caríssima poeta, contista e articulista, também parafraseando o grande médico e acadêmico, confessamos pleno sentimento de felicidade. Sorrindo.