A falência do sistema de transporte público em Petrópolis

Com ônibus sucateados e a prefeitura tentando nos convencer que renova a frota com ‘seminovos’, o sistema de transporte público da cidade praticamente faliu. Usuários protestam em várias comunidades pelo estado dos ônibus e a oferta precária de horários. A licitação para a escolha da empresa que vai operar as linhas da Cascatinha emperrou na justiça. Isso tudo e estamos às vésperas da revisão tarifária. A prefeitura contratou a Coppe/UFRJ por R$ 875 mil para um estudo da viário, mas a mobilidade urbana depende da oferta de transporte público para reduzir a quantidade de carros e motos nas ruas. Se não melhorar o sistema de ônibus, o estudo de nada deve adiantar.

Cata-treco morreu

Lembra que a prefeitura anunciou em janeiro que iria iniciar o programa “Cata-treco”? Começaria pelo Alto Independência, um programa regular de coleta de entulho, a cada 15 dias. E a prefeitura ainda disse que seriam informados os pontos de recolhimento e as datas. Era como institucionalizar o despejo irregular de entulho. Como não tivemos mais notícias é capaz de não ter rolado.

Que fim levou

Lembra que no auge do verão tanto prefeitura quanto estado anunciaram a dragagem dos rios? No total eram R$ 24 milhões em dragagem (R$ 18 milhões do Inea e R$ 6 milhões da prefeitura) e foi anunciado como a maior operação do tipo da história de Petrópolis. Mas que fim levou? Deu certo? Acabou? Vai continuar?

Não vai rolar

A gente esperou passar o dia 20 de março, quando a tragédia das chuvas de 2022 se repetiu para lembrar (afinal podia ainda ter esperança desta data emblemática) que o deputado federal Lindberhg Faria articulava trazer à cidade o ministro das Cidades, Jader Filho, para anunciar mais condomínios do Minha Casa, Minha Vida faixa 1. Deste modelo, em 13 anos de existência, Petrópolis teve erguido apenas um, na gestão Rossi, o Vicenzo Rivetti. Mas, nem sombra de uma agenda do ministro aqui na cidade.

E a conta d’água?

Só para frisar que foi só mesmo uma cena para a plateia: em janeiro, quando entrou em vigor o reajuste da tarifa de água de 9,35%, os vereadores protestaram e disseram que iriam reverter e, inclusive, aprovaram um requerimento em plenário. Já vamos entrar em abril e continuamos pagando mais caro.

Sorria, você está sendo filmado!

Servem para que, afinal, as câmeras de monitoramento espalhadas pela cidade? Porque a prefeitura anunciou que agora é que vão usar as imagens para multar motoristas que comentem irregularidades. A prefeitura vive reclamando que as lixeiras são vandalizadas, mas as câmeras nunca identificaram ninguém e até mesmo as árvores que foram ‘atacadas’ na Koeler, lugar onde há câmeras, nenhum agressor foi identificado.

Água e sabão

Quem passa ali pela Praça da Águia tem reparado na limpeza que a prefeitura promove no Centro de Cultura. O acúmulo de sujeira no prédio era tão grande que fazia com que o entorno ficasse mais escuro. A limpeza já até clareou o local. Mas é só. Porque vai continuar sendo um prédio feio. Isso não tem como melhorar.

Tá caro, gente?

O custo da Câmara de Vereadores para os nossos bolsos este ano é de R$  37.552.633,10. Só nestes três primeiros meses a prefeitura já repassou do nosso dinheiro – o que a gente paga de impostos-  para os vereadores R$ 11.192.460,92. Tá caro?

Festival do Café

Para colocar na agenda: de 14 de abril a 14 de junho acontece, em Petrópolis, o Special Coffee Festival, que irá reunir as principais cafeterias da cidade num evento semelhante ao Petrópolis Gourmet. Cada cafeteria irá propor receitas especiais – sempre acompanhadas dos melhores cafés, a serem degustadas pelo público. A ideia é divulgar o festival para atrair mais turistas pra cidade, mostrando a grande opção de cafeterias em Petrópolis.

Contatos com a coluna: lespartisans@tribunadepetropolis.com.br