• Número de ambulantes nas ruas de Petrópolis alerta para necessidade de políticas públicas

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  • 24/03/2023 16:21
    Por Redação/Tribuna de Petrópolis

    Caminhando pelas ruas de Petrópolis, seja no Centro Histórico ou em outros distritos, como Itaipava, petropolitanos e turistas notam a presença de ambulantes. A situação, que não era tão frequente até pouco tempo atrás, atualmente, chama a atenção e gera um debate no âmbito social e econômico.

    No Centro, grande parte dos vendedores se reúnem na Rua 16 de Março e na Rua do Imperador. Já em Itaipava, eles costumam ficar próximos ao supermercados da região, postos de combustíveis, shoppings e também ao Terminal Itaipava – locais que possuem grande fluxo de pessoas e geram expectativa em relação às vendas por parte dos ambulantes. 

    Os produtos são variados e vão desde balas e chicletes até panelas, panos de chão e diversos outros itens.

    Para Carla de Carvalho, membro da equipe do Centro de Defesa dos Direitos Humanos (CDDH), há uma situação econômica e social complexa e muito grave ocorrendo no Brasil há alguns anos. Ela lembra dos cenários de trabalhadores separando ossos para alimentação. “A partir dali, já havia a percepção de que o cenário de pessoas em busca de alternativas seria grave.” 

    “Essa situação social em Petrópolis foi agravada pela pandemia e tragédia.  Embora muitas das pessoas que circulam vendendo pelas ruas não tenham residência na cidade, não existe nenhuma lei que impeça o trânsito das pessoas entre os municípios. O comércio ambulante e o número de pessoas pedindo ajuda só será alterado se buscarmos alternativas em políticas públicas que sejam intermunicipais e de acolhimento a demandas.”

    Carla de Carvalho, CDDH.

    Falta de atenção para as comunidades

    A colaboradora do CDDH menciona, ainda, que é comum ouvir pelas ruas que aqueles que passam o dia todo andando pela cidade, comercializando seus produtos ou pedindo ajuda financeira, são aproveitadoras. Sobre isso, ela comenta: “Uma pessoa que anda o dia inteiro em busca de algum tipo de recurso financeiro para o seu sustento não pode ser desconsiderado como trabalhador. Muitos de nós não teríamos essa disposição. O que achamos é que empatia e política pública ajuda muito.”, afirma. 

    Segundo Carla, falta um olhar mais amplo em relação ao aspecto social do município, principalmente em relação às comunidades e as reais necessidades da população.

    “Enquanto permanecermos nesta ilusão de que não existem problemas na cidade e de que temos que trabalhar para esconder do Centro Histórico os problemas sociais, não atuaremos na base dos problemas pra real solução.”, ressalta.

    Olhar distinto para cada caso

    Em contrapartida, em alguns casos, há aqueles que intimidam e ameaçam no caso de ter o produto ou a doação de recursos ou alimentos recusada. Neste contexto, é fundamental denunciar e coibir a prática.

    Questionada sobre este caso específico, a Fiscalização de Posturas da Secretaria de Fazenda informou que tem realizado operações em conjunto com a Polícia Militar para coibir os vendedores ambulantes ilegais na cidade. Essas operações têm sido realizadas também nas entradas da cidade, para impedir a chegada de vendedores ilegais de outros municípios.

    Ofertas de emprego

    Toda segunda-feira, o município divulga o Balcão de Empregos. Na última segunda-feira (20), foram apresentadas 60 oportunidades de trabalho em empresas em Petrópolis. Para participar dos processos de seleção, os candidatos devem fazer o cadastramento de seus currículos neste site.

    O Balcão de Empregos é um serviço da Secretaria de Assistência Social, por meio do Departamento de Trabalho e Renda (Detra). Todos os candidatos concorrem nos processos seletivos, desde que atendam aos requisitos exigidos pelos empregadores. As empresas têm responsabilidade integral pelo recrutamento e pelas contratações.

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