Operação israelense mata 3 palestinos na Cisjordânia
As forças israelenses atiraram e mataram três militantes palestinos neste domingo, 12, ao abrirem fogo contra as tropas nas áreas ocupadas da Cisjordânia. A operação faz parte de mais um derramamento de sangue de uma onda de violência que já dura um ano na região.
A Brigada dos Mártires de Al-Aqsa, uma ramificação armada do partido Fatah do presidente palestino Mahmoud Abbas, reivindicou os homens assassinados como membros do grupo. O Ministério da Saúde palestino declarou que os homens foram mortos por tiros israelenses perto da cidade de Nablus e os identificou como Jihad Mohammed al-Shami, 24, Uday Othman al-Shami, 22 e Mohammed Raed Dabeek, 18.
Os militares disseram que confiscaram três rifles M16 dos militantes após o tiroteio e que um atirador se entregou e foi preso. As mortes de domingo elevam para 80 o número de palestinos mortos desde o início do ano, após Israel ter intensificado as operações de detenção na Cisjordânia.
Ataques palestinos contra israelenses mataram 14 pessoas em 2023. Os embates recentes incluem um ataque militar israelense na semana passada na Cisjordânia, na aldeia de Jaba, onde três militantes palestinos foram mortos. Horas depois, um atirador palestino abriu fogo em uma via movimentada de Tel-Aviv no início do fim de semana, ferindo três pessoas antes de ser baleado e morto.
A atual rodada de violência é uma das piores entre israelenses e palestinos em anos na Cisjordânia. Ela começou na primavera passada do Hemisfério Norte, depois de uma série de ataques palestinos contra israelenses que desencadearam ataques israelenses noturnos na Cisjordânia.
Cerca de 150 palestinos foram mortos na Cisjordânia e Jerusalém Oriental em 2022, tornando-se o ano mais mortal nessas áreas desde 2004, de acordo com o principal grupo de direitos humanos israelense B’Tselem. Ataques palestinos contra israelenses durante o mesmo período mataram 30 pessoas.
Segundo os militares israelenses, em sua maioria os palestinos mortos eram militantes. Mas também foram mortos jovens que atiravam pedras enquanto protestavam contra as incursões israelenses e outros que não estavam envolvidos nos confrontos.
Israel alega que os ataques são essenciais para desmantelar as redes militantes dos palestinos, prevenindo futuros ataques. Mas os ataques parecem estar se intensificando, em vez de diminuir. Os palestinos veem os ataques como um reforço de Israel de sua ocupação indefinida de 55 anos de terras que eles buscam para seu futuro Estado. Israel capturou a Cisjordânia, a Faixa de Gaza e Jerusalém Oriental na Guerra de 1967. Os palestinos reivindicam esses territórios para seu futuro Estado independente.