• Notícias do Corpo: corredores idosos precisam de muito mais de fortalecimento muscular

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  • 05/03/2023 08:00
    Por Prof. Luiz Carlos Moraes

    O modelo biomecânico para a economia da corrida depende do ângulo do joelho quando o pé toca o solo, a máxima flexão do quadril, do joelho e plantar, além da oscilação horizontal. Quanto melhor a flexibilidade do quadril maior é o comprimento da passada e menor a frequência.

    Poucos centímetros conquistados em cada passo fazem toda diferença no tempo total com menos cansaço. Claro, o tempo cobra o seu preço e o modelo biomecânico da corrida é diferente entre corredores (as) jovens e mais velhos por conta da degeneração natural musculoesquelética e o número de lesões que os mais velhos tenham tido ao longo dos anos de treinamento e competição.

    Sobre isso, um interessante estudo entre corredores idosos (67-77) e jovens (26/36) anos mostrou que a força de impacto no solo na fase de apoio é maior nos idosos por conta da menor força muscular e flexibilidade articular. O estudo mostrou também o comprimento da passada diminuída e menos força no impulso vertical na fase de lançamento para o voo.

    Resumindo

    Menor flexão de quadril de joelho, rotação medial da tíbia e menor sincronismo entre o chamado retropé, mediopé e antepé prejudicam a economia da corrida. Fato que justifica um alto índice de lesões em idosos, uma vez que é a faixa etária que mais tem aderido às corridas de rua nos últimos anos. Entretanto, o idoso, mais do que o adulto jovem, precisa fazer fortalecimento muscular e alongamento a fim de retardar o processo de envelhecimento biológico. Pode e deve correr forte, mas na justa medida. Nunca duvide de um corredor idoso. Ele pode chegar na sua frente.

    Literatura Sugerida: Reginaldo K. Fukuchi & Marcos Duarte – Comparação da Cinemática Tridimensional da Extremidade Inferior de Corredores Adultos Jovens e Idosos – Journal of Sports Sciences (2008).

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